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A luta contra o farisaísmo hipócrita - Assembleia de Deus do Cruzeiro

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significa «reto». Tsedaqah também po<strong>de</strong> envolver a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> «conformida<strong>de</strong>». A conduta <strong>do</strong><br />

homem precisa amoldar-se a retos padrões (Gn 30:33). A forma adjetivada <strong>do</strong> termo grego<br />

dikaioo é usada em Cl 4:1 (ou seja, dikaios), on<strong>de</strong> a referência é sobre como os<br />

proprietários <strong>de</strong> escravos <strong>de</strong>veriam tratar equanimemente os seus escravos. <strong>Deus</strong> é justo<br />

(no hebraico, tsadiq) e Salva<strong>do</strong>r (ver Is 45:21). Essas duas qualida<strong>de</strong>s divinas nunca se<br />

manifestam isoladas uma da outra, pois, <strong>do</strong> contrário, não haveria justiça, segun<strong>do</strong> o<br />

conceito escriturístico.<br />

O termo grego dikaiosune po<strong>de</strong> indicar a «probida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Caráter», conforme se esperaria, por<br />

exemplo, da parte <strong>de</strong> um juiz (ver I Clemente 13:1; Ap 19:11; Rm 9:28; Is 10:22; na LXX),<br />

ou, então, «retidão» da parte <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> ou <strong>do</strong>s homens (ver Mt 3:15; 5:6; At 10:35; Fp 1:11;<br />

Hb 12:11; Is. 56:1, na LXX; II Clemente 19:2). A retidão outorgada por <strong>Deus</strong> é um outro<br />

uso <strong>de</strong>ssa mesma palavra. Ver a quinta seção <strong>de</strong>ste artigo, on<strong>de</strong> há uma ampla <strong>de</strong>scrição a<br />

respeito; ver também Rm 5:17. Visto que essa palavra constitui uma virtu<strong>de</strong> específica <strong>do</strong>s<br />

regenera<strong>do</strong>s, torna-se um sinônimo virtual <strong>do</strong> cristianismo (Mt 5.10; I Pe 3.14).<br />

IV. A Justiça Divina<br />

Com «justiça divina» indicamos o fato <strong>de</strong> que a justiça <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> <strong>de</strong>ve julgar ao peca<strong>do</strong> e aos<br />

peca<strong>do</strong>res. Isso <strong>de</strong>ve ser <strong>contra</strong>sta<strong>do</strong> com a seção V, A Justiça <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>, que fala sobre<br />

como a justiça <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> é conferida ao indivíduo regenera<strong>do</strong>. Em outras palavras, o atributo<br />

divino da justiça é transmiti<strong>do</strong> aos homens, a fim <strong>de</strong> que se tornem justos, na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

«filhos <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>», compartilhan<strong>do</strong> das qualida<strong>de</strong>s morais <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>. Os remi<strong>do</strong>s chegam a<br />

compartilhar das qualida<strong>de</strong>s morais <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> porque também compartilham <strong>de</strong> sua<br />

natureza metafísica, posto que em um senti<strong>do</strong> secundário, apesar <strong>de</strong> perfeitamente real.<br />

Temos provi<strong>do</strong> um artigo separa<strong>do</strong>, intitula<strong>do</strong> Julgamento <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> <strong>do</strong>s Homens Perdi<strong>do</strong>s,<br />

que procura mostrar que os juízos <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> tanto são retributivos (pois corrigem as<br />

injustiças e causam sofrimentos on<strong>de</strong> esses são mereci<strong>do</strong>s) quanto são remediais. Os<br />

próprios sofrimentos têm por finalida<strong>de</strong> restaurar (ver I Pe 4:6). <strong>Deus</strong> não faria qualquer<br />

injustiça se meramente aplicasse a parte retributiva <strong>do</strong> juízo, sem qualquer misericórdia,<br />

<strong>de</strong> forma final e sem qualquer esperança. O primeiro capítulo <strong>de</strong> Romanos mostra-nos isso.<br />

Mas, a começar pelo terceiro capítulo <strong>de</strong> Romanos, o apóstolo mostra-nos que a justiça <strong>de</strong><br />

<strong>Deus</strong> nunca é aplicada cruamente, e, sim, sempre revestida <strong>de</strong> misericórdia e amor. O<br />

evangelho tempera o julgamento <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> com a sua misericórdia e o seu amor. De fato, o<br />

julgamento divino é apenas um <strong>de</strong><strong>do</strong> da sua mão amorosa. A justiça e o julgamento são<br />

la<strong>do</strong>s diferentes <strong>do</strong> mesmo amor. É que <strong>Deus</strong> po<strong>de</strong> fazer certas coisas melhor, através <strong>do</strong><br />

juízo, <strong>do</strong> que através <strong>de</strong> qualquer outro meio. A cruz <strong>do</strong> Calvário foi um julgamento, mas<br />

também foi uma medida restaura<strong>do</strong>ra.<br />

V. A Justiça <strong>de</strong> <strong>Deus</strong><br />

Rm 1:17: Porque no evangelho é revelada, <strong>de</strong> fé em fé, a justiça <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>, como está escrito:<br />

Mas o justo viverá da fé.<br />

1. Essa justiça <strong>de</strong>signaria a natureza intrinsecamente santa <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>, o seu próprio caráter<br />

justo (ver Rm 3:5).<br />

2. Talvez seja usada no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> que <strong>Deus</strong> vindica a sua justiça, ou seja, torna conhecida<br />

qual seja essa justiça.<br />

3. Todavia, essa justiça não é meramente a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> um atributo divino, mas também<br />

subenten<strong>de</strong> uma espécie <strong>de</strong> natureza que ele injeta nos remi<strong>do</strong>s. Os homens, uma vez<br />

transforma<strong>do</strong>s segun<strong>do</strong> a imagem <strong>de</strong> Cristo, em senti<strong>do</strong> bem real e literal participam da<br />

santida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> (ver Mt 5:48). A passagem <strong>de</strong> Is 46:13 também contribui para esclarecer

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