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A luta contra o farisaísmo hipócrita - Assembleia de Deus do Cruzeiro

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Por meio da justificação, o indivíduo recebe o «<strong>do</strong>m da justiça». E é a pessoa que recebe<br />

esse <strong>do</strong>m que reina em Cristo, conforme apren<strong>de</strong>mos em Rm 5:17. Assim sen<strong>do</strong>, a<br />

justificação não consiste em uma simples <strong>de</strong>claração estéril que reconhece a legitima<br />

posição <strong>de</strong> alguém em Cristo, mas antes, requer que ,tal indivíduo se torne<br />

verda<strong>de</strong>iramente justo. Essa verda<strong>de</strong> não tem si<strong>do</strong> vista com muita clareza pela igreja<br />

cristã mo<strong>de</strong>rna, ainda que, felizmente, aquilo que aqui é comenta<strong>do</strong> sobre a justificação, é<br />

transferi<strong>do</strong> para a <strong>do</strong>utrina da santificação, segun<strong>do</strong> a maioria <strong>do</strong>s sistemas teológicos.<br />

«A retidão abso<strong>luta</strong>, tal como a graça e a verda<strong>de</strong> abso<strong>luta</strong>s, revelou-se pela primeira vez no<br />

cristianismo. Trata-se daquela justiça que não somente instaura a lei da letra, e requer a<br />

retidão da parte <strong>do</strong>s homens e que, em seu caráter <strong>de</strong> juiz, profere a sentença e mata; mas<br />

é igualmente aquilo que finalmente se manifesta na união com o amor, ou seja, a graça<br />

divina em forma <strong>de</strong> retidão, produzin<strong>do</strong> essa retidão no homem... ou ainda, em suma:<br />

«A justiça <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> é a auto comunicação da retidão que proce<strong>de</strong> da parte <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>, que se<br />

torna justiça na pessoa <strong>de</strong> Cristo, o qual, em seus sofrimentos, como nossa propiciação,<br />

satisfez a justiça da lei (em consonância com as exigências da consciência) e que, mediante<br />

o ato da justificação, aplica ao crente, para santificação <strong>de</strong> sua vida, os méritos da expiação<br />

<strong>de</strong> Cristo». (Lange em Rm 1:17).<br />

Bibliografia. B DAVI I IB ND NTI QS<br />

Esboço:<br />

I. A Palavra e Suas Definições<br />

II. Referências e I<strong>de</strong>ias Bíblicas<br />

III. Exemplos Bíblicos <strong>de</strong> Hipocrisia<br />

IV. Um Emprego Filosófico Útil<br />

V. To<strong>do</strong>s os Religiosos são Hipócritas<br />

I. A Palavra e Suas Definições<br />

HIPOCRISIA<br />

Essa palavra vem <strong>do</strong> verbo grego que significa «replicar». O substantivo era usa<strong>do</strong> para<br />

indicar «aquele que replica» e no uso e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sse vocábulo, veio a assumir o<br />

significa<strong>do</strong> <strong>de</strong> ator, partin<strong>do</strong> da i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que os atores replicam uns aos outros. Finalmente,<br />

o termo passou a significar «ator» quanto a coisas sérias, até adquirir o senti<strong>do</strong> mo<strong>de</strong>rno <strong>de</strong><br />

«<strong>hipócrita</strong>». Essa palavra é usada por vinte vezes no Novo Testamento (sempre nos<br />

evangelhos sinópticos), sempre em mau senti<strong>do</strong>. Lucas usou a forma verbal por uma vez<br />

(Lc 20:20), com o senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> «fingir». As autorida<strong>de</strong>s religiosas profanavam a prática<br />

religiosa, transmutan<strong>do</strong>-a em uma peça <strong>de</strong> teatro, chegan<strong>do</strong> ao cúmulo <strong>de</strong> atrair as<br />

multidões, que aplaudiam o espetáculo que davam. E a recompensa <strong>de</strong>las era o aplauso<br />

que recebiam.<br />

No Antigo Testamento en<strong>contra</strong>mos o termo hebraico hanep, que significa «poluí<strong>do</strong>»,<br />

«ímpio». A raiz <strong>de</strong>ssa palavra, hnp, indica aquilo que é antagônico ao que é sagra<strong>do</strong>. Em<br />

algumas ocorrências <strong>de</strong>ssa palavra, a Septuaginta traduz por <strong>hipócrita</strong> (como em Jó 34:20;<br />

36:13), mas essa é apenas uma das traduções possíveis, não sen<strong>do</strong> o seu uso básico. Em<br />

Isaías 32:6, segun<strong>do</strong> a nossa versão portuguesa, o vocábulo hebraico khoneph é traduzi<strong>do</strong><br />

por «usar <strong>de</strong> impieda<strong>de</strong>». A raiz hebraica, acima mencionada, aparece em trechos como Jó<br />

13:16; 15:34; 17:8; 20:5; 27:8; 34:30; 36:13; Pv 11:9 e Is 9:17. A i<strong>de</strong>ia básica é a <strong>de</strong> alguém

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