ÉTICA E DEONTOLOGIA - OET - Ordem dos Engenheiros Técnicos
ÉTICA E DEONTOLOGIA - OET - Ordem dos Engenheiros Técnicos
ÉTICA E DEONTOLOGIA - OET - Ordem dos Engenheiros Técnicos
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
iscos e satisfaçam as necessidades). Está, de certa forma, ligado ao dever enunciado na alínea<br />
anterior.<br />
4.2.2. Deveres para com a entidade empregadora e para com o cliente<br />
A) Contribuir para a realização <strong>dos</strong> objetivos económico-sociais das organizações em que se<br />
integre, promovendo o aumento da produtividade, a melhoria da qualidade <strong>dos</strong> produtos e das<br />
condições de trabalho<br />
Este é um dever ético que cobre a perspetiva organizacional. Nas organizações modernas, a<br />
criatividade e a inovação são componentes fundamentais para a dinâmica das organizações e para a<br />
sua adaptação às rápidas mudanças no seu ambiente. Para que tenham sucesso, é fundamental que<br />
as organizações possuam uma gestão criativa, que favoreça a comunicação, a resolução de<br />
problemas e o trabalho em equipa.<br />
A participação de to<strong>dos</strong> os funcionários torna-se fundamental para o sucesso das atividades<br />
planeadas e para a prestação de serviços de qualidade, que satisfaçam os clientes. Os funcionários<br />
participam na formulação de objetivos de desempenho e na apresentação de sugestões para a<br />
inovação e melhoria na prossecução <strong>dos</strong> mesmos. São capazes de trabalhar em equipas<br />
multidisciplinares, construindo um ambiente de trabalho saudável, em que domine a confiança e a<br />
comunicação.<br />
Quando integra<strong>dos</strong> em organizações produtivas, os engenheiros não devem, pois, ficar fecha<strong>dos</strong><br />
sobre si próprios. Devem ser "bons cidadãos organizacionais", ajudando a organização a alcançar a<br />
sua missão, o seu propósito. Isso passa, não só pelo desempenho das suas funções com<br />
competência técnica mas também por desenvolver toda uma série de outras competências.<br />
Com efeito, o êxito de uma organização ou equipa depende tanto das competências profissionais <strong>dos</strong><br />
seus membros como da sua "competência social", ou seja, da sua capacidade para operar com os<br />
outros. Por isso, é importante que o engenheiro não conte apenas com o seu "saber", ou seja, com<br />
os conhecimentos que deve possuir para desempenhar adequadamente a sua tarefa. Deve, também,<br />
"saber fazer", ou seja, ter capacidades para desempenhar adequadamente a sua tarefa, adquiridas<br />
com a experiência; e "saber estar", isto é, saber comportar-se.<br />
Nos últimos anos, o enfoque dado às relações interpessoais no seio das organizações tem tornado<br />
muito popular a teoria da chamada "inteligência emocional". Esta teoria defende que os indivíduos<br />
que possuem inteligência emocional estão particularmente bem posiciona<strong>dos</strong> para trabalhar em<br />
equipas produtivas, na medida em que possuem um conjunto de competências que lhes permitem<br />
relacionar-se consigo próprios (competência emocional pessoal) e com os outros (competência<br />
emocional social) de forma construtiva.<br />
A competência emocional pessoal determina a forma como cada um se gere a si próprio em termos<br />
pessoais. Compreende:<br />
Auto-consciência, ou seja, conhecer os nossos esta<strong>dos</strong> internos, preferências, recursos,<br />
intuições. A auto-consciência inclui:<br />
• auto-consciência emocional (conhecer as suas emoções);<br />
• auto-avaliação precisa (forças e limitações);<br />
• auto-confiança (sentido de valor pessoal);<br />
Auto-regulação, para gerir os seus próprios esta<strong>dos</strong> internos. Inclui:<br />
Ética e Deontologia – Manual de Formação 32