a gestão escolar democrática - Faculdade de Educação - UFRJ
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José Paixão começou a sua vida política nos anos 50, quando se elegeu para<br />
vereador pelo Município <strong>de</strong> Nova Iguaçu, exercendo mais <strong>de</strong> um mandato, até se tornar<br />
<strong>de</strong>putado estadual. Com isso, participou <strong>de</strong>sse primeiro movimento <strong>de</strong> emancipação <strong>de</strong><br />
Mesquita, atuando contra o processo <strong>de</strong> maneira não-explícita (SILVA, 2005).<br />
Logo, a primeira tentativa <strong>de</strong> emancipação fracassou, e só voltaram a acontecer<br />
novas tentativas a partir dos anos 80, já que durante a vigência da ditadura militar<br />
(1964-1985) não existiu no país incentivo para a criação <strong>de</strong> novas municipalida<strong>de</strong>s.<br />
Confirma essa afirmação, o fato <strong>de</strong> que durante a vigência <strong>de</strong>ssa realida<strong>de</strong> política não<br />
houve a criação <strong>de</strong> nenhum outro município novo no estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro (SILVA,<br />
2005).<br />
Na década <strong>de</strong> 80, <strong>de</strong>ntro do contexto <strong>de</strong> reabertura <strong><strong>de</strong>mocrática</strong> no Brasil, houve<br />
em Mesquita um fortalecimento da organização comunitária. Um exemplo é o Movimento<br />
<strong>de</strong> Associações <strong>de</strong> Bairros (MAB), que <strong>de</strong>senvolveu ação reivindicatória em prol <strong>de</strong><br />
melhorias para os serviços públicos urbanos. Temos também a presença do Partido dos<br />
Trabalhadores (PT), das Comunida<strong>de</strong>s Eclesiais <strong>de</strong> Base (CEB) e da Associação <strong>de</strong><br />
Mulheres <strong>de</strong> Mesquita. Todas essas organizações apoiavam o movimento <strong>de</strong><br />
emancipação.<br />
A retomada oficial da emancipação aconteceu no ano <strong>de</strong> 1983 com a coleta <strong>de</strong><br />
assinaturas <strong>de</strong> habitantes do então Distrito <strong>de</strong> Mesquita para o envio <strong>de</strong> uma representação<br />
à Assembléia Legislativa do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, pleiteando o <strong>de</strong>smembramento do<br />
território mesquitense. Esse processo iniciado, sobretudo, por um grupo <strong>de</strong> advogados,<br />
passa a ser engrossado por li<strong>de</strong>ranças políticas locais e por frações do movimento<br />
comunitário.<br />
Dessa maneira, no ano <strong>de</strong> 1987, ocorre a primeira consulta plebiscitária para<br />
<strong>de</strong>cidir sobre a emancipação <strong>de</strong> Mesquita. O plebiscito, entretanto, não conseguiu êxito,<br />
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