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análise do perfil pneumofuncional dos trabalhadores de ... - Unama

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1 INTRODUÇÃO<br />

O Pará é o principal Esta<strong>do</strong> produtor <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira amazônica, representan<strong>do</strong> 45% <strong>do</strong><br />

total produzi<strong>do</strong>. O Esta<strong>do</strong> também concentra 51% das empresas ma<strong>de</strong>ireiras e gera 48% <strong>do</strong>s<br />

empregos da Indústria Ma<strong>de</strong>ireira da Amazônia (LENTINI et al, 2005).<br />

No ano <strong>de</strong> 2000 aproximadamente treze milhões <strong>de</strong> pessoas estavam ocupadas no setor<br />

florestal em to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>. Os trabalha<strong>do</strong>res po<strong>de</strong>m estar expostos à poeiras <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira em<br />

todas as fases <strong>de</strong> transformação da mesma. Durante muitos anos, o pó <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira foi<br />

consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> como uma poeira que gerava transtornos, a qual irritava o nariz, os olhos ou a<br />

garganta, mas não causavam problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> permanentes (GOVERNO DE ALBERTA,<br />

2004).<br />

Na fase <strong>de</strong> industrialização da ma<strong>de</strong>ira, este processo utiliza trabalha<strong>do</strong>res que<br />

laboram em galpões/barracões industriais (serrarias, lamina<strong>do</strong>ras, beneficia<strong>do</strong>ras e fábricas <strong>de</strong><br />

compensa<strong>do</strong>) manipulan<strong>do</strong> máquinas antigas e obsoletas, não automatizadas, <strong>de</strong> baixa<br />

produtivida<strong>de</strong> e sem as <strong>de</strong>vidas proteções (PIGNATI; MACHADO, 2005).<br />

Os trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong> setor ma<strong>de</strong>ireiro estão expostos, rotineiramente, a uma varieda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> fatores <strong>de</strong> risco ocupacionais, entre eles o pó <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira e produtos químicos sintéticos<br />

utiliza<strong>do</strong>s para conferir à mesma, resistência e durabilida<strong>de</strong> (BAHIA, 2001).<br />

Des<strong>de</strong> o início <strong>do</strong> século XVIII, o pó <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira foi conheci<strong>do</strong> por afetar a saú<strong>de</strong> <strong>do</strong>s<br />

trabalha<strong>do</strong>res. Até recentemente, o foco principal tem si<strong>do</strong> a associação com neoplasias<br />

malignas na região nasossinusal, mas recentemente também tem o foco volta<strong>do</strong> para os<br />

sintomas não-malignos que afetam gran<strong>de</strong> parte da população, embora as conseqüências<br />

pessoais sejam menos graves. Alergias, asma, rinite e bronquite crônica são os mais<br />

freqüentes sintomas não-malignos (LANGE, 2008).<br />

Segun<strong>do</strong> Fernan<strong>de</strong>s (2006), <strong>de</strong>pois da pele, o trato respiratório é sistema orgânico em<br />

maior contato com o meio ambiente. Logo, a poluição ocupacional e ambiental na forma <strong>de</strong><br />

poeiras, fumos, vapores e gases tóxicos são fatores <strong>de</strong> risco importante para o sistema<br />

respiratório.<br />

O reconhecimento a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> <strong>do</strong>s riscos no ambiente <strong>de</strong> trabalho e <strong>do</strong>s riscos à saú<strong>de</strong><br />

relaciona<strong>do</strong>s com os mesmos fornece boas razões para levar a cabo diversas <strong>de</strong>cisões e ações<br />

profiláticas, como também para gama e a frequência <strong>do</strong>s exames médicos. A influência e o<br />

mecanismo <strong>do</strong> efeito adverso <strong>do</strong> pó <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira sobre as vias aéreas <strong>de</strong>vem ser objetos <strong>de</strong><br />

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