análise do perfil pneumofuncional dos trabalhadores de ... - Unama
análise do perfil pneumofuncional dos trabalhadores de ... - Unama
análise do perfil pneumofuncional dos trabalhadores de ... - Unama
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
mo<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> (Tabela 5). Observou-se prevalência <strong>de</strong> distúrbios para a ocupação <strong>do</strong>s serra<strong>do</strong>res<br />
com 42,9%, segui<strong>do</strong> <strong>do</strong>s circuleiros com 25% e <strong>do</strong>s <strong>de</strong>stopa<strong>do</strong>res com 16,7%, no entanto não<br />
foi observada relevância estatística (Tabela 7).<br />
Publio (2008) em seu estu<strong>do</strong>, no setor da indústria <strong>de</strong> mobiliário <strong>de</strong> Votuporanga,<br />
analisou quatrocentos e noventa e nove trabalha<strong>do</strong>res expostos à poeira <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, tintas e<br />
vernizes. Em seus acha<strong>do</strong>s, observou que 14,6% <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res referiram ter sibilos pelo<br />
menos uma vez na vida, 5,6% apresentaram sibilos nos últimos <strong>do</strong>ze meses e 18,6% tosse<br />
seca à noite fora <strong>do</strong>s perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> gripe. No estu<strong>do</strong> foi encontrada uma prevalência <strong>de</strong> 5,6%<br />
referente a sintomas <strong>de</strong> asma, 16% para rinite e 8,4% para sintomas <strong>de</strong> eczema referente ao<br />
módulo <strong>de</strong> atopia aplica<strong>do</strong> por meio <strong>do</strong> questionário epi<strong>de</strong>miológico ISAAC. Foi observa<strong>do</strong>,<br />
ainda, uma associação entre trabalha<strong>do</strong>res tabagistas e ex-tabagistas e presença <strong>do</strong>s sintomas<br />
<strong>de</strong> sibilos nos últimos 12 meses, em que 9,5% <strong>do</strong>s fumantes e ex-fumantes tiveram sintomas<br />
respiratórios e apenas 4% entre não-fumantes apresentaram essas manifestações (p = 0,019).<br />
Os trabalha<strong>do</strong>res sintomáticos apresentavam maior frequência <strong>de</strong> sintomas <strong>de</strong> tosse, catarro e<br />
dispneia em relação ao grupo controle. Entretanto, o consumo tabágico não teve associação<br />
com os sintomas respiratórios avalia<strong>do</strong>s pelo questionário <strong>do</strong> MRC (p > 0,05).<br />
A exposição ao pó <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira po<strong>de</strong> causar efeitos adversos respiratórios que são<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes da asma. Em 1982, Chan-Yeung et al (1984) apud Bohadana et al (2000)<br />
realizaram um estu<strong>do</strong> epi<strong>de</strong>miológico <strong>de</strong> trabalha<strong>do</strong>res <strong>de</strong> serração <strong>de</strong> cedro e os resulta<strong>do</strong>s<br />
compara<strong>do</strong>s com os trabalha<strong>do</strong>res <strong>de</strong> escritório não expostos a poluentes respiratórios.<br />
Bohadana et al (2000) <strong>de</strong>scobriram que trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong> cedro tiveram significativamente<br />
maior prevalência <strong>de</strong> sintomas respiratórios crônicos e menor função pulmonar em<br />
comparação com os trabalha<strong>do</strong>res <strong>de</strong> escritório. Essas alterações persistiram mesmo após os<br />
trabalha<strong>do</strong>res asmáticos serem excluí<strong>do</strong>s da <strong>análise</strong>. Posteriormente, exames realiza<strong>do</strong>s<br />
durante um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> onze anos mostraram que os trabalha<strong>do</strong>res da serraria <strong>do</strong> cedro tinham<br />
significativamente maior queda no VEF1 e CVF <strong>do</strong> que os trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong> escritório, e que<br />
existia uma relação <strong>do</strong>se-resposta entre a intensida<strong>de</strong> da exposição com o <strong>de</strong>clínio anual da<br />
CVF.<br />
Bosan e Okpapi (2004) relataram em seus estu<strong>do</strong>s que somente 10% daqueles que<br />
tinham trabalha<strong>do</strong> menos <strong>de</strong> cinco anos tiveram sintomas respiratórios. Após <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong><br />
exposição 27% tiveram sintomas, 75% após quatorze anos e 93% após <strong>de</strong>zenove anos <strong>de</strong><br />
exposição. Também observaram que não houve nenhuma diferença significativa na<br />
37