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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Devemos ver com outros olhos aqueles que e de minimizar a grave situação que têm viven-<br />
contribuíram com disse Gilberto Freire para a ciado.<br />
formação e estruturação do Brasil de hoje.<br />
Desde 2008, a FUNAI investe no trabalho de<br />
Na aurora desta longa história de processos regularização das terras indígenas, quando ins-<br />
contínuos torna-se visível as características sotituiu seis Grupos de Trabalho (GTs) para a<br />
cioculturais dos diferentes povos formados den- identificação e delimitação de terras Guaranitro<br />
da sociedade brasileira, sob a ótica do relati- Kaiowá no Cone Sul do estado de Mato Grosso<br />
vismo, valorizando a questão da mestiçagem, do Sul. Em julho deste ano, a presidente e as-<br />
que antes era depreciada e que em muitos mosessores da FUNAI estiveram presentes à Aty<br />
mentos negou a contribuição do índio nas rela- Guasu (Grande Assembleia dos Povos Kaiowá<br />
ções sociais de ontem e de hoje.<br />
e Guarani), na aldeia Rancho Jacaré, município<br />
de Laguna Carapã/MS. Na ocasião, ficaram<br />
acordados novos prazos para entrega e aprovação<br />
dos relatórios de identificação e delimitação<br />
feitos pelos antropólogos responsáveis. Esse<br />
acordo foi pactuado pelos antropólogos coordenadores<br />
dos Grupos Técnicos, junto com a<br />
Funai, perante os indígenas.<br />
Os índios além de povos das florestas são setre tantas outras, a Funai reitera que continuará<br />
res humanos que tem por direito a cidadania. prestando assessoria e acompanhamento jurí-<br />
Mas onde estão eles? Eles são considerados dico, a fim de que os processos sejam julgados<br />
cidadão? Eis uma das grandes questões para o mais breve possível.<br />
ser analisada na atualidade.<br />
A Fundação Nacional do Índio (FUNAI) reconhece<br />
a luta dos povos Guarani e Kaiowá, no<br />
Mato Grosso do Sul, por suas terras tradicionais<br />
e esclarece que a determinação da comunidade<br />
de Pyelito Kue de não sair do local que<br />
considera seu território ancestral é uma decisão<br />
legítima. A FUNAI respeita sua decisão e sua<br />
autodeterminação, manifestando para informar<br />
as ações que vem desenvolvendo na região, a<br />
fim de garantir os direitos dos Guarani-Kaiowá<br />
No caso das comunidades Guarani-Kaiowá que<br />
sofrem com processos de judicialização de suas<br />
terras, como, por exemplo, Pyelito Kue, Passo<br />
Piraju, Arroio Korá, Kurusu Ambá, Ypoi,<br />
Nhanderu Marangatu, Laranjeira Nhanderu, en-<br />
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