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universidade federal de pernambuco centro de artes e comunicação ...

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Assim, a vida social encontra-se em constante oscilação entre a<br />

imitação dos antigos e a difusão das inovações. Estas últimas po<strong>de</strong>m ser lentas<br />

e complexas, sujeitas a múltiplos e variadíssimos fatores. Entretanto, como<br />

lembra Silva Neto (1970), só vingam as inovações que consultam o espírito da<br />

evolução. Por isso é que muitas abortam, não passam dos primeiros<br />

movimentos: afoga-as o ridículo ou a indiferença coletiva. Com isso, não<br />

queremos dizer que inovar implica evoluir, tampouco afirmar que toda evolução<br />

resulta em avanços, melhoras. Ou seja, tomando por base o sentido <strong>de</strong><br />

evolução enquanto processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e aperfeiçoamento <strong>de</strong> um<br />

saber, <strong>de</strong> uma ciência etc (HOUAISS, 2001, p. 1278), po<strong>de</strong>mos assegurar que<br />

há inovações que não resultam em evoluções, restringindo-se ao seu sentido<br />

<strong>de</strong> dicionário, ou seja, são apenas coisas novas, novida<strong>de</strong>s, algo que não havia<br />

antes e que, por isso mesmo, não indica evolução, uma vez que não houve<br />

<strong>de</strong>senvolvimento ou aperfeiçoamento.<br />

Serão as inovações e as imitações observáveis na língua que<br />

nortearão nossa pesquisa, em especial aquelas relacionadas às abreviações<br />

que, já comuns no século VI a.C., ganham <strong>de</strong>staque outra vez no século XX,<br />

com o texto digital. Assim, buscaremos traçar uma comparação entre as<br />

abreviações utilizadas em períodos anteriores e nos dias atuais, analisando as<br />

regras utilizadas para abreviar, as siglas correspon<strong>de</strong>ntes a cada palavra, os<br />

sinais abreviativos, entre outros, a fim <strong>de</strong> classificarmos em<br />

inovações/imitações ou evoluções as abreviações existentes no passado e que<br />

se mantiveram até hoje.<br />

Como po<strong>de</strong>mos ler em Martins (1996, p.174), as invenções são apenas<br />

transformações ou aperfeiçoamentos <strong>de</strong> coisas anteriormente conhecidas, ou<br />

<strong>de</strong> pedaços <strong>de</strong> invenções anteriormente tentadas. E acrescenta: os primeiros<br />

aviões aspiram a ser monstruosas libélulas ou enormes gafanhotos; os<br />

primeiros automóveis parecem muito mais com as carruagens <strong>de</strong> cavalos do<br />

que com os automóveis atuais.<br />

Para David Crystal (2001, p.2), é uma ilusão pensar que a cada nova<br />

tecnologia o mundo todo se renova por completo. Segundo ele, “novida<strong>de</strong>s<br />

po<strong>de</strong>m até acontecer, mas com o tempo percebe-se que não era tão novo<br />

aquilo que foi tido como tal”. Ou seja, são novida<strong>de</strong>s com algum gosto do<br />

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