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universidade federal de pernambuco centro de artes e comunicação ...

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e à situação nos mais variados contextos <strong>de</strong> uso; a língua<br />

constrói-se com símbolos convencionais, parcialmente<br />

motivados, não aleatórios mas arbitrários; a língua não po<strong>de</strong><br />

ser tida como um simples instrumento <strong>de</strong> representação do<br />

mundo, como se <strong>de</strong>le fosse um espelho, pois ela é constitutiva<br />

da realida<strong>de</strong>; a língua é uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> natureza<br />

sociocognitiva, histórica e situacionalmente <strong>de</strong>senvolvida para<br />

promover a interação humana; a língua se dá e se manifesta<br />

em textos orais e escritos or<strong>de</strong>nados e estabilizados em<br />

gêneros textuais para uso em situações concretas; a língua<br />

não é transparente, mas opaca, o que permite a variabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> interpretação nos textos e faz da compreensão um<br />

fenômeno especial na relação entre os seres humanos<br />

(MARCUSCHI, 2000, p.32).<br />

Na visão <strong>de</strong> Coseriu (1979, p. 52), “a língua é um saber falar, saber<br />

como se fala numa <strong>de</strong>terminada comunida<strong>de</strong> e segundo uma <strong>de</strong>terminada<br />

comunida<strong>de</strong> e segundo uma tradição”. Esta, pois, é a visão <strong>de</strong> língua da qual<br />

compartilhamos plenamente. Ou seja, uma concepção <strong>de</strong> língua como uma<br />

ativida<strong>de</strong> social, cujas normas evoluem segundo os mecanismos <strong>de</strong> autoregulação<br />

dos indivíduos e dos grupos em sua dinâmica histórica <strong>de</strong> interação<br />

entre si e com a realida<strong>de</strong> (BAGNO et al.2002, p. 32).<br />

1.2 O conceito <strong>de</strong> texto<br />

Uma vez que fazemos uso do termo texto em vários momentos da<br />

nossa pesquisa, vimos como indispensável – ainda que <strong>de</strong> forma incipiente –<br />

apresentarmos a <strong>de</strong>finição que adotamos para o mesmo, a fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar clara<br />

a nossa postura em relação à concepção porque por ora optamos. Tendo como<br />

âncora teórica o sociointeracionismo da linguagem, enten<strong>de</strong>mos o texto como<br />

uma ativida<strong>de</strong> interacional na qual existe um sujeito social que, numa dada<br />

situação, realiza uma ativida<strong>de</strong> verbal com vistas a <strong>de</strong>terminados efeitos.<br />

Segundo Koch (1997, p.7):<br />

Em sua inter-relação com outros sujeitos, o sujeito<br />

planejador/organizador vai construir um texto, sob a influência<br />

<strong>de</strong> uma complexa re<strong>de</strong> <strong>de</strong> fatores, entre os quais a<br />

especificida<strong>de</strong> da situação, o jogo <strong>de</strong> imagens recíprocas, as<br />

crenças, convicções, atitu<strong>de</strong>s dos interactantes, os<br />

conhecimentos (supostamente) partilhados, as expectativas<br />

mútuas, as normas e convenções sócio-culturais.<br />

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