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universidade federal de pernambuco centro de artes e comunicação ...

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i<strong>de</strong>ográfico simbólica (“♥” por “amor”, “paixão”), numa perspectiva diacrônicocomparativa,<br />

a fim <strong>de</strong> comprovarmos que fenômenos observáveis<br />

sincronicamente têm origem e explicação em estados remotos da história da<br />

língua; como também que são restritos a uma região ou, por tratar-se <strong>de</strong><br />

variação da língua, passíveis <strong>de</strong> observação em outras localida<strong>de</strong>s. E, a partir<br />

daí, afirmarmos em que aspectos se po<strong>de</strong>m flagrar inovações e em que outros<br />

perpetuam-se usos ou características das abreviações nos gêneros analisados.<br />

O aspecto diacrônico diz respeito ao período compreendido entre o<br />

século XVIII e o início dos estudos sincrônicos, enquanto o comparativo referese<br />

a três Estados da região Nor<strong>de</strong>ste do Brasil, quais sejam Paraíba,<br />

Pernambuco e Bahia. Escolhemos o século XVIII como o ponto <strong>de</strong> partida, por<br />

ser a partir <strong>de</strong>sse período que é possível levantar documentos ainda em<br />

condições <strong>de</strong> manusear-se, ao contrário dos séculos anteriores. Atravessamos<br />

o século XIX e nos esten<strong>de</strong>mos até o XX pelo surgimento e propagação do<br />

texto eletrônico, atual responsável por tamanha divulgação das abreviações<br />

nos textos, em especial nos blogs, chats e e-mails 2 .<br />

No que tange aos três Estados selecionados, Paraíba, Pernambuco e<br />

Bahia, buscamos traçar um perfil da região Nor<strong>de</strong>ste, a fim <strong>de</strong> sabermos se<br />

havia uma regularida<strong>de</strong> quanto ao uso das abreviações contidas em cartas<br />

produzidas naqueles Estados.<br />

A abreviação é uma espécie <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> uso geralmente<br />

circunstancial, variável <strong>de</strong> obra para obra, <strong>de</strong> autor para autor, a qual, quando<br />

<strong>de</strong> uso geral, passa à categoria das abreviaturas (HOUAISS, 1983, p.121-122).<br />

Buscaremos mostrar on<strong>de</strong> e quando teve início esse recurso da língua; quais<br />

as características que lhe são peculiares, ou seja, as regras e/ou princípios<br />

utilizados para abreviar, os símbolos usados para representar a palavra<br />

abreviada; quais as pessoas que fazem uso <strong>de</strong>le e, finalmente, <strong>de</strong>scobrir se o<br />

texto eletrônico, seu propagador atual, é responsável pelo surgimento e uso da<br />

abreviação, ou se se trata apenas <strong>de</strong> uma retomada nos séculos XX e XXI <strong>de</strong><br />

um processo já existente anteriormente. Ainda, tentarmos respon<strong>de</strong>r à seguinte<br />

questão: se o uso das abreviações tem interferido em diferentes gêneros, uma<br />

2<br />

Observando-se as variáveis formal X informal; público X privado, conforme vemos no capítulo<br />

referente à análise.<br />

21

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