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pdf - Alberto Pucheu

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entrevista de uma resposta só<br />

----- Original Message -----<br />

From: Francisco Bosco<br />

To: <strong>Alberto</strong> <strong>Pucheu</strong> ; Cláudio Oliveira ; Renato Rezende ;<br />

Caio Meira (UOL)<br />

Sent: Tuesday, June 24, 2008 6:54 PM<br />

Subject: Re: conexão<br />

nesta última noite de insônia, fiquei lendo o seu texto até de manhã.<br />

desde o início se formou uma questão que eu gostaria de colocar.<br />

sempre pensei a poesia, sua singularidade, por meio de conceitos<br />

que são justamente opostos aos do agamben: isomorfia, convergência,<br />

sobredeterminação plurirrecíproca, isto é, uma maneira de<br />

mobilizar os vários recursos do poema (som, sintaxe, espacialização,<br />

semântica etc.) para produzir uma totalidade de sentido-forma<br />

irredutível, não-parafraseável, precisamente porque à redução e à<br />

paráfrase faltaria a mobilização convergente dos recursos materiais.<br />

como coloca mallarmé em “crise de vers”, a tarefa do poeta seria a de<br />

consertar “o defeito original da língua”, ou seja, o da não-motivação<br />

entre som e sentido: “motivar o signo”, portanto, como diz, desta<br />

vez e salvo engano, valéry. a questão é a seguinte: os “institutos<br />

poéticos”, em que agamben vê decisivamente uma operação de<br />

hesitação, tensão, disjunção, oposição etc., esses institutos poéticos<br />

(entre os quais o enjambement) não se mobilizam afinal para uma<br />

complexa isomorfia, valendo-se, para tanto, da hesitação, tensão,<br />

disjunção, oposição etc.? o emprego do enjambement, por exemplo,<br />

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