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Home >> Críticas >> Reflexões & Motivações<br />

>> Críticos >> Media >> Contacto<br />

“1º Fórum para Jovens Compositores pelo Sond’Ar-<strong>te</strong> <strong>Electric</strong> Ensemble”<br />

ÁLVARO GARCÍA DE ZÚÑIGA<br />

A música con<strong>te</strong>mporânea, claro, <strong>te</strong>m pouco público – poucos votan<strong>te</strong>s,<br />

ia eu escrever – por isso é importantíssimo poder <strong>te</strong>r acesso às novas<br />

músicas que se fazem por cá e por esse mundo <strong>for</strong>a, que são muitas e<br />

variadíssimas, e que no nosso meio alfacinha, não fossem projectos<br />

como o do Sond’Ar-<strong>te</strong> <strong>Electric</strong> Ensemble entre outros, muito poucos,<br />

não a conseguiríamos ouvir onde quer que fosse. E não se trata de<br />

puro snobismo nem nada disso. Trata-se simplesmen<strong>te</strong> que a música é<br />

um elemento constitutivo e fundamental na construção do pensamento;<br />

de qualquer pensamento, portanto, não <strong>te</strong>r acesso à música que se faz<br />

hoje em dia equivale ao que seria não <strong>te</strong>r acesso à <strong>te</strong>cnologia actual:<br />

ou seja é <strong>te</strong>ntar deixar-nos num isolamento que faz lembrar os <strong>te</strong>mpos<br />

nos quais os outros países tinham <strong>te</strong>levisão a cores, mas nós por cá<br />

tínhamos que esperar. Orgulhosamen<strong>te</strong> sós...<br />

Pedro Neves<br />

>> English Version<br />

2010.05.24<br />

Assim, a ideia de lançar um Fórum In<strong>te</strong>rnacional de Jovens Compositores, iniciativa, organizada e produzida<br />

pelo Sond’Ar-<strong>te</strong> <strong>Electric</strong> Ensemble e pelo Goethe Institut, <strong>te</strong>ve lugar entre os dias 18 e 20 de Maio, e nes<strong>te</strong><br />

último dia permitiu-nos ouvir obras de Abel Paúl, Ana Seara, Luc Doeberener, Gonçalo Gato e Igor Silva,<br />

seguidas de um “Cadavre Exquis” composto por micro-peças dos compositores Ângela Lopes, Bruno<br />

Gabirro, Isabel Pires, João Madureira, José Luís Ferreira, Patrícia Sucena de Almeida, Pedro Amaral,<br />

Ricardo Ribeiro, Sara Carvalho e Vasco Mendonça. A in<strong>te</strong>rpretação das obras foi feita pelo Sond’Ar-<strong>te</strong><br />

<strong>Electric</strong> Ensemble, sob a direcção de Pedro Neves.<br />

O dispositivo cénico – já preparado para a execução da primeira peça do programa “Línea de Vacío” do<br />

espanhol radicado na Alemanha, Abel Paúl – estava “invertido” em relação ao público, coisa que na memória<br />

des<strong>te</strong> crítico reme<strong>te</strong> imediatamen<strong>te</strong> para a peça “Catastrophe” de Samuel Beckett, na qual um personagem<br />

lamentável se encontra no palco enquanto um encenador e uma assis<strong>te</strong>n<strong>te</strong> desde a pla<strong>te</strong>ia <strong>te</strong>ntam deixar no<br />

estado mais catastrófico possível o dito personagem. Cena à qual assistimos a partir de backstage. Por sor<strong>te</strong><br />

para os ouvin<strong>te</strong>s o concerto que seguiria estava longe de ser uma catástrofe, apesar de que, claro, para es<strong>te</strong><br />

crítico <strong>te</strong>ve obras de níveis diferen<strong>te</strong>s, sendo algumas muito mais marcan<strong>te</strong>s que outras.<br />

O autor da peça “Línea de Vacío” explica-nos que a inversão do dispositivo <strong>te</strong>m por objectivo reduzir a<br />

visibilidade por par<strong>te</strong> do público, deixando des<strong>te</strong> modo o auditor livre à sua imaginação no sentido de como é<br />

produzida a ma<strong>te</strong>rialização de certos sons e timbres. Baseada num esquema de pedais, por vezes

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