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ART - Turismo dos Açores
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10/11/08 15:40
alternativa indispensável depois do abandono da estrutura proveniente da tonalidade clássica e
romântica. (...) A sua música constitui uma obra genial e unitária.
in Programa do Festival Ars Musica 92, Bruxelas
Pierrot Lunaire de Schoenberg, estreada em Berlim em 1912, é uma obra marcante da música
do século XX e na produção de Schoenberg na medida em que a atonalidade livre que domina
a sua escrita irá conduzir uns anos mais tarde ao estabelecimento do dodecafonismo primeiro,
e posteriormente da música serial.
A peça remete para a forma popular do melodrama no qual a poesia é dita sobre um fundo
musical, mas para tal Schoenberg desenvolve uma técnica vocal específica, designada por
"sprechgesang" ou "falar-cantando", o que irá permitir uma integração da voz no conjunto
instrumental como se um dos demais instrumentos se tratasse e um rigor melódico sem
precedentes na declamação do texto.
Para esta peça Schoenberg escolheu 21 poemas (ou melhor "três vezes sete poemas" para
retomar o subtítulo da própria peça) do poeta belga Albert Giraud traduzidos para alemão por
Otto Erich Hartleben. Efectivamente a peça está formalmente organizada em 3 partes: na
primeira parte Pierrot, enibriado pela lua divaga sobre obsessões amorosas, sexuais e
religiosas. Na segunda parte Pierrot mergulha num mundo de pesadelos, negro e sombrio.
Finalmente na terceira parte, Pierrot volta para a sua casa em Bergamo todavia subjugado pela
nostalgia de um passado fabuloso."
Fonte: www.azorestemporada.com
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