18.04.2013 Views

3. O Penedo do Lexim: Uma leitura paleoambiental - Câmara ...

3. O Penedo do Lexim: Uma leitura paleoambiental - Câmara ...

3. O Penedo do Lexim: Uma leitura paleoambiental - Câmara ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Geoarchaeology is practiced at different scales [...] Furthermore, its use and practice<br />

vary according to the training of people involved and the goal of their study.<br />

(Goldberg e Macphail, 2006, p. 2).<br />

Ao optar por uma <strong>leitura</strong> geoarqueológica de um sítio arqueológico,<br />

soube-se, desde logo, que iriam surgir muitos factores adversários que<br />

poderiam comprometer o objectivo primeiro de intenção: a intepretação<br />

paisagística e <strong>paleoambiental</strong> <strong>do</strong> sítio <strong>do</strong> <strong>Pene<strong>do</strong></strong> <strong>do</strong> <strong>Lexim</strong>. Talvez o<br />

primeiro desses obstáculos fosse a parca formação em geomorfologia e<br />

geologia que eu tinha (e tenho ainda). Contu<strong>do</strong>, e depois de me obrigar a<br />

aprender muitas das bases necessárias para continuar o processo de análise<br />

geoarqueológica, o obstáculo foi fican<strong>do</strong> cada vez mais transponível.<br />

Outro <strong>do</strong>s aspectos que se sabia custoso, seria o tempo disponível<br />

para elaborar o esboço geomorfológico e registar os principais<br />

afloramentos de matéria-prima utilizada no sítio arqueológico em causa.<br />

Finalmente, refere-se ainda o outro assunto que se revelou<br />

igualmente desconfortável, que foi o facto deste trabalho se constituir<br />

como estreia científica pessoal, ainda por cima elabora<strong>do</strong> num sítio de tão<br />

grande importância arqueológica.<br />

Justificadas que estão as ocasionais falhas de acuidade científica,<br />

que provavelmente figuram neste trabalho audacioso, passemos à...<br />

...Súmula das constatações<br />

O principal da<strong>do</strong> concludente que devemos afirmar, incide na<br />

interpretação <strong>paleoambiental</strong> <strong>do</strong> sítio. Por outras palavras, foi a<br />

averiguação <strong>do</strong> relevo envolvente, que nos permitiu atingir o objectivo<br />

inicial da pesquisa: a reconstituição paisagística.<br />

Temos de compreender que essa “reconstituição” <strong>paleoambiental</strong><br />

advém de um resulta<strong>do</strong> somatório de da<strong>do</strong>s exclusivamente interpreta<strong>do</strong>s<br />

no campo. Caso contrário poderíamos ter fala<strong>do</strong>, por exemplo, da flora da<br />

região naquela altura, basea<strong>do</strong>s na consulta de da<strong>do</strong>s já estuda<strong>do</strong>s e<br />

publica<strong>do</strong>s. Mas não o fizemos e essa atitude foi consciente.<br />

Assim, depois da definição exacta <strong>do</strong>s locais de afloramento de<br />

matéria-prima de calcário com rudistas e de micro-conglomera<strong>do</strong>, da<br />

descrição <strong>do</strong> litologia existente no território que definimos para este<br />

estu<strong>do</strong>, e da reconstrução em esboço geomorfológico <strong>do</strong> relevo desse<br />

espaço, concluímos que terá havi<strong>do</strong> uma estabilização climática desde o<br />

5.º milénio BP até agora.<br />

380

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!