3. O Penedo do Lexim: Uma leitura paleoambiental - Câmara ...

Para que tal afirmação pudesse ser feita, foi necessário recorrer-se
a vários estudos de evolução de relevo, uma vez que, só a partir daí é que
se poderia chegar a uma conclusão de interpretação paleoambiental.
Não se realizaram análises micromorfológicas de sedimentos, e
dos poucos cortes estratigráficos que se puderam analisar ao longo do
processo de investigação de campo (e não fizemos referência à sua análise
preliminar porque efectivamente não houve recursos para que o
pudessemos efectuar convenientemente), só um mostrou vestígios de um
paleosolo. Mas mesmo esse era pouco concludente para qualquer espécie
de mais valia interpretativa.
Fig. 6 – Ciclo de erosão, segundo Gilsanz, 1996.
Ao observarmos a figura 7, podemos ficar com uma ideia do tipo
de erosão de vertentes que actuou na área envolvente do PL, desde a
formação da Plataforma de S. João das Lampas (letra A na figura), até à
estabilização climática já existente nos períodos Neolítico Final e
Calcolítico (letra C na figura).
Se pudessemos acrescentar ao esquema acima representado uma
letra D, que por conseguinte representaria a actualidade, o tipo de
morfologia que aí estaria representado seria sensívelmente igual, talvez
com as excepções da morfologia das vertentes interfluviais, que seriam
um pouco mais convexas, e da deposição de um maior número de
sedimentos no fundo dos vales e valeiros na zona de confluência de
cursos de água.
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