3. O Penedo do Lexim: Uma leitura paleoambiental - Câmara ...
3. O Penedo do Lexim: Uma leitura paleoambiental - Câmara ...
3. O Penedo do Lexim: Uma leitura paleoambiental - Câmara ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
2.2. O <strong>Pene<strong>do</strong></strong> e a geoarqueologia<br />
Neste trabalho, e como já foi referi<strong>do</strong> na introdução, o objectivo<br />
foi traça<strong>do</strong> com o intuito de compreender a área envolvente <strong>do</strong> <strong>Pene<strong>do</strong></strong> <strong>do</strong><br />
<strong>Lexim</strong> em todas as suas linhas de incisão. Isto é, ao abordarmos o conceito<br />
de área envolvente, queremos tentar fazer com que as premissas de ordem<br />
paisagística, ambiental e de estratégia de povoamento <strong>do</strong> sítio<br />
arqueológico <strong>do</strong> <strong>Pene<strong>do</strong></strong> <strong>do</strong> <strong>Lexim</strong> sejam entendidas. Para isso, e<br />
recorren<strong>do</strong> a análises geoarqueológicas, tentar-se-á compreender o<br />
território envolvente <strong>do</strong> sítio arqueológico, interpretan<strong>do</strong> um tempo e um<br />
espaço em que o homem moderno habitou e viveu.<br />
Embora já tenham si<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s geoarqueológicos para<br />
a interpretação da área <strong>do</strong> rio Sizandro (um pouco mais a Norte da área<br />
envolvente <strong>do</strong> <strong>Pene<strong>do</strong></strong> <strong>do</strong> <strong>Lexim</strong> foram abertas sanjas de onde se retiram<br />
amostras para datação absoluta) a região costeira da Ericeira, onde o<br />
<strong>Pene<strong>do</strong></strong> de <strong>Lexim</strong> se insere, não possui estu<strong>do</strong>s deste tipo. E apesar deste<br />
trabalho não se debruçar especificamente sobre análises baseadas em<br />
recolhas de amostras sedimentares para análise micromorfológica e<br />
datação, achamos que a abordagem interpretativa <strong>do</strong> território será um<br />
bom ponto de partida para uma futura investigação geoarqueológica<br />
detalhada.<br />
2.<strong>3.</strong> Os materiais e as técnicas<br />
Para esta investigação, e num plano inicial de trabalhos de<br />
campo, usou-se uma bússola, uma carta militar de Mafra 1:25 000, um<br />
mapa geológico (folha 34-A Sintra – Almeida, 1991) 1:50 000, blocos de<br />
folhas A4 quadriculadas, lapiseira 0,3 mm, fotocópias de excertos da carta<br />
militar de Mafra 1:25 000 (onde se fizeram directamente os esboços<br />
geomorfológicos) 2 , um martelo de geólogo, um colherim, e duas<br />
máquinas fotográficas (uma semi-automática e outra automática digital).<br />
2<br />
O esboço geomorfológico foi efectua<strong>do</strong> numa cópia da carta militar ampliada, a uma escala<br />
de 1:10000.<br />
362