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Thiago Gentil Ramires - Departamento de Estatística (UEM

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cateter flexível no abdômen, e assim, é feita a infusão <strong>de</strong> um líquido semelhante a<br />

um soro na cavida<strong>de</strong> abdominal. Esse líquido chamado “banho <strong>de</strong> diálise”, entra em<br />

contato com o peritônio, e por ele é feita a retirada das substâncias tóxicas do<br />

sangue. A diálise peritoneal po<strong>de</strong> ser feita na própria casa do paciente, ou ainda no<br />

local <strong>de</strong> trabalho, já que o processo <strong>de</strong> troca do banho <strong>de</strong> diálise é feito pelo próprio<br />

paciente ou por algum familiar.<br />

Segundo Santos (2005), os avanços recentes da terapia dialítica não têm se<br />

correlacionado diretamente com a redução da mortalida<strong>de</strong> nos últimos anos, talvez<br />

pelo fato <strong>de</strong> que os pacientes com doença renal crônica são mais idosos e<br />

apresentam maior número <strong>de</strong> co-morbida<strong>de</strong>s ao iniciarem a terapia dialítica.<br />

Os tratamentos dialíticos não chegam a substituir integralmente a função<br />

renal, mas fornecem condições para manter a sobrevida do paciente, permitindo que<br />

este retornem a uma vida normal e produtiva, prevenindo até a morte precoce. O<br />

transplante renal é o único tipo <strong>de</strong> terapia que po<strong>de</strong> oferecer uma reabilitação quase<br />

total. Segundo Castanheira et al. (2005), a diálise não é uma cura, permitindo<br />

apenas uma reposição da função renal normal.<br />

Para estudar os dados relacionados à diálise, utilizaremos <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong><br />

análise <strong>de</strong> sobrevivência, a qual será aplicada para estudar o tempo até os<br />

pacientes experimentarem o evento <strong>de</strong> interesse, neste caso, o óbito. Estas técnicas<br />

são justificadas, uma vez que, alguns dos tempos em estudo são parcialmente<br />

observados, ou seja, censurados. Neste caso, pacientes <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> experimentar o<br />

evento <strong>de</strong> interesse ou simplesmente abandonam ao tratamento.<br />

Ainda <strong>de</strong>vemos pensar: quais variáveis influenciam no tempo <strong>de</strong> vida <strong>de</strong><br />

pessoas com insuficiência renal; ou, qual o mo<strong>de</strong>lo mais a<strong>de</strong>quado para <strong>de</strong>screver o<br />

tempo <strong>de</strong> sobrevivência dos pacientes com insuficiência renal?<br />

Há controvérsias sobre como tratar os óbitos por outra causa que não a<br />

doença <strong>de</strong> interesse ou os óbitos por causa <strong>de</strong>sconhecida. Há autores que analisam<br />

estes pacientes como falha e, neste caso, a taxa <strong>de</strong> sobrevida reflete a mortalida<strong>de</strong><br />

geral para este grupo <strong>de</strong> pacientes (sobrevida global).<br />

Há ainda, casos em que o paciente morre por outros motivos on<strong>de</strong>, a causa<br />

principal é a insuficiência renal. Neste trabalho, qualquer que seja a causa morte,<br />

trataremos apenas do problema <strong>de</strong> insuficiência renal.<br />

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