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Thiago Gentil Ramires - Departamento de Estatística (UEM

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Este evento final, ou evento <strong>de</strong> interesse, geralmente refere-se a eventos<br />

in<strong>de</strong>sejáveis, como o aparecimento <strong>de</strong> doença ou morte (Kleinbaum, 1995). Em<br />

estudos em que há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo para observar a resposta (ou<br />

acompanhamento), po<strong>de</strong> ocorrer que alguns indivíduos não sejam observados até a<br />

ocorrência da falha, ou seja, tenham seu tempo <strong>de</strong> observação incompleto. Esse tipo<br />

<strong>de</strong> perda no tempo <strong>de</strong> observação é <strong>de</strong>nominado censura. Isso po<strong>de</strong> ocorrer quando<br />

os indivíduos permanecem sem mudança <strong>de</strong> estado ao término do estudo, ou<br />

falecem por causas não relacionadas com a doença <strong>de</strong> interesse, ou abandonam o<br />

estudo, ou fogem à observação. Por vezes, a cura e/ou recuperação também po<strong>de</strong>m<br />

ser consi<strong>de</strong>radas como censura na observação. Os estudos em que existe censura<br />

são <strong>de</strong>nominados com observações incompletas. Uma suposição importante é a <strong>de</strong><br />

que os indivíduos censurados em <strong>de</strong>terminado tempo t são representativos <strong>de</strong> todos<br />

os indivíduos que estavam sujeitos ao risco <strong>de</strong> ter falha em t (Szklo & Nieto, 2000).<br />

Há dois tipos <strong>de</strong> estudos que po<strong>de</strong>m utilizar o tempo como variável <strong>de</strong><br />

interesse. Um <strong>de</strong>les é o estudo experimental (ensaios clínicos controlados<br />

aleatorizados), indicado para avaliar formas <strong>de</strong> tratamento. Outro tipo são os<br />

estudos <strong>de</strong> coorte observacionais, cujos dados po<strong>de</strong>m ser obtidos pela coleta direta<br />

em prontuários médicos ou em bases <strong>de</strong> dados já existentes (dados secundários).<br />

Essas fontes <strong>de</strong> dados secundários po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong> base hospitalar, por<br />

exemplo (registros hospitalares <strong>de</strong> câncer) ou populacional (registros <strong>de</strong> câncer <strong>de</strong><br />

base populacional). Registros <strong>de</strong> base hospitalar são aqueles que se referem a<br />

todos os casos tratados e acompanhados em uma instituição. Fornecem<br />

informações tanto para a administração do hospital quanto para pesquisadores<br />

interessados em informações sobre os resultados do tratamento nos diferentes<br />

grupos e fatores <strong>de</strong> risco ou fatores prognósticos. Contribuem ainda na atenção ao<br />

paciente individualmente, uma vez que asseguram o seguimento <strong>de</strong>stes pacientes<br />

(Young, 1991).<br />

Na análise <strong>de</strong> sobrevivência, os parâmetros mais importantes são as<br />

probabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sobrevivência no curso <strong>de</strong> cada um dos intervalos consi<strong>de</strong>rados e<br />

a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sobrevida acumulada (tratada correntemente como taxa <strong>de</strong><br />

sobrevida), isto é, a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sobreviver do tempo zero até o tempo final<br />

consi<strong>de</strong>rado. Esta última equivale à probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sobreviver em todos os<br />

intervalos anteriores ao momento consi<strong>de</strong>rado e, usualmente, é <strong>de</strong>nominada S(t)<br />

Função <strong>de</strong> sobrevivência. A escolha do mo<strong>de</strong>lo estatístico mais apropriado<br />

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