Gestão de Pessoas/ Recursos Humanos - IEFP
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Motivação<br />
A motivação é o «porquê» do comportamento humano. É o<br />
impulso interior que leva as pessoas a agirem ou reagirem<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminada maneira. Esse impulso é <strong>de</strong>terminado pelas<br />
necessida<strong>de</strong>s. Isto é, as necessida<strong>de</strong>s originam impulsos <strong>de</strong><br />
vonta<strong>de</strong>, os impulsos <strong>de</strong>terminam comportamentos.<br />
Porque é que as pessoas trabalham?<br />
Trabalho é energia que se <strong>de</strong>spen<strong>de</strong> com vista a um <strong>de</strong>terminado<br />
fi m. Há um certo número <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s comuns que todas as<br />
pessoas têm <strong>de</strong> satisfazer. A primeira é óbvia: a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
dinheiro! De facto, para algumas pessoas a perspectiva <strong>de</strong> fazer<br />
dinheiro é a única razão por que trabalham. Mas para muitas outras,<br />
o dinheiro é apenas uma das múltiplas necessida<strong>de</strong>s justifi<br />
cativas do trabalho. Por exemplo, como se explica que alguns<br />
vencedores <strong>de</strong> lotaria continuem a trabalhar quando, objectivamente,<br />
já não precisam <strong>de</strong> dinheiro? Ou o caso <strong>de</strong> pessoas com<br />
folgadas pensões <strong>de</strong> reforma e que mesmo assim enten<strong>de</strong>m<br />
(precisam <strong>de</strong>) continuar a trabalhar? Para essas pessoas, manifestamente,<br />
o trabalho é um meio <strong>de</strong> satisfazer necessida<strong>de</strong>s,<br />
não propriamente <strong>de</strong> dinheiro mas talvez <strong>de</strong> status (manter uma<br />
certa posição no grupo), necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> carácter social (manter<br />
<strong>de</strong>terminada re<strong>de</strong> <strong>de</strong> relacionamentos, sentir-se membro activo<br />
da socieda<strong>de</strong>) ou necessida<strong>de</strong>s – digamos assim – <strong>de</strong> auto-i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>.<br />
O que as pessoas fazem, on<strong>de</strong> trabalham e a competência<br />
que revelam no seu trabalho concorrem para alimentar o sentimento<br />
<strong>de</strong> importância <strong>de</strong> si próprias no contexto da socieda<strong>de</strong> ou<br />
do grupo em que se inserem. Não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser sintomático que,<br />
quando duas pessoas se encontram, quase sempre para começo<br />
<strong>de</strong> conversa vem a pergunta: «Então, o que é que fazes?»<br />
Jovens<br />
As pessoas trabalham para ganhar dinheiro, mas muitas<br />
po<strong>de</strong>rão consi<strong>de</strong>rar que o trabalho lhes permite satisfazer,<br />
sobretudo, outras necessida<strong>de</strong>s. Para os jovens, por exemplo,<br />
o trabalho po<strong>de</strong> ser visto prioritariamente como uma<br />
oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adquirir experiência, ganhar consi<strong>de</strong>ração<br />
e <strong>de</strong>senvolver o sentido <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>.<br />
revista dirigir 5<br />
<strong>de</strong>staque<br />
Motivação e <strong>de</strong>sempenho<br />
A motivação é apenas uma das forças impulsionadoras do comportamento<br />
humano. Outros factores infl uenciam também a forma<br />
como essa força se traduz em resultados. Tais factores incluem aptidão,<br />
treino e formação e expectativas em relação ao trabalho, assim<br />
como o sentimento pessoal <strong>de</strong> justiça e equida<strong>de</strong>. A fi gura da<br />
página seguinte mostra como estes factores se inter-relacionam.