UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE
UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE
UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
falante moçambicano não usa na sua vida diária; a Le é aprendida na escola como<br />
disciplina” (i.e., o inglês e Moçambique)<br />
Nesta secção acabamos de apresentar uma discussão a volta da teoria contrastiva e sua<br />
validação. Na secção que se segue veremos aspectos relacionados com a transferência e<br />
apresentaremos alguns exemplos explicativos.<br />
2.3. Transferência.<br />
Não há duvidas que o aspecto de transferência no ensino das línguas estrangeiras é<br />
consensual na comunidade dos linguístas. Sendo assim, é desta questão que iremos nos<br />
debruçar nesta secção.<br />
Robert Lado, o precursor, da Analise Contrastiva diz “As pessoas tendem a transferir<br />
as formas e os significados, da sua língua materna e da sua cultura para a língua e a<br />
cultura estrangeira, tanto no aspecto de produção, quando tentam falar a língua, como<br />
no da recepção, quando tentam captar e compreender a língua e cultura, tal qual são<br />
praticadas pelos naturais” (1957:2)<br />
A tendência de que Lado fala tem sido do interesse dos investigadores de todo mundo<br />
que reconhecem de forma unânime a existência deste fenômeno, embora seja diferente o<br />
grau da importância atribuída à produção de erros.<br />
2.3.1 Hipótese da Análise Contrastiva<br />
Nos anos 50 a teorização sobre a transferência se associa à hipótese da AC onde a<br />
transferência tem um papel omnipresente dentro da aprendizagem de línguas chegando-se<br />
a sugerir que o que se aprende e como se aprende depende em última instância da<br />
influencia da L1, fazendo-se eco da teoria behaviorista a qual postula que ao aprender<br />
uma L2 o indivíduo tende a transferir as formas e significados da L1 e que as dificuldades