INSTRUÇÕES ORAÇÕES PARA A SANTA MISSA ... - Portal La Salle
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P - Na confissão de um pecado não basta dizer que foi cometido várias vezes; por exemplo,<br />
blasfemei várias vezes?<br />
R - Não basta; porque o confessor não pode julgar por esta acusação quantas vezes se<br />
cometeu esse pecado, pois ter cometido um pecado só duas vezes é o mesmo do<br />
que tê-lo cometido várias vezes e tê-lo cometido dez, vinte, cem e mesmo mil vezes.<br />
P - Na confissão é permitido diminuir ou aumentar o número de seus pecados, ao dizer,<br />
por exemplo: Eu menti talvez umas trinta vezes, quando só se mentiu umas<br />
cinco ou dez vezes, porque se acha melhor dizer a mais do que a menos?<br />
R - Isto nunca é permitido e quem o fizesse voluntariamente faria uma confissão má.<br />
P - Se alguém não se lembra do número de pecados cometidos, que é que deve fazer?<br />
R - Como os pecados de cujo número alguém não se lembra são geralmente pecados<br />
de hábito, então deve-se dizer ao confessor quantas vezes mais ou menos por dia,<br />
ou por semana, ou por mês que foram cometidos.<br />
P - Não seria melhor declarar mais do que menos?<br />
R - Não se deve declarar nem mais nem menos, mas o número exato de seus pecados<br />
na medida em que se lembra.<br />
P - Que significa declarar ao confessor as circunstâncias necessárias de cada pecado<br />
cometido?<br />
R - Quando se diz na confissão, de que maneira, por que motivos, com que espécie de<br />
pessoas, em que lugar se pensou, se fez, ou se disse alguma coisa, quando isto é<br />
necessário para dar a conhecer qual a espécie de pecado que se cometeu; isto é dizer<br />
as circunstâncias necessárias de um pecado na confissão.<br />
P - Como é que na confissão dos pecados se deve declarar as circunstâncias?<br />
R - Assim é que se deve expressar ao confessor: se, por exemplo, se mentiu, deve-se<br />
dizer se foi para prejudicar alguém; no caso de injuria, se foi ao pai ou à mãe, ou a<br />
um sacerdote, ou a alguma pessoa constituída em dignidade, e que injúria se disse;<br />
no caso de bater em alguém, que espécie de pessoa foi, se foi por ódio, se foi com<br />
violência e com excesso; no caso de causar algum dano, qual foi esse dano.<br />
P - Quando se fala mal de alguém, basta para se confessar bem dizer: Falei mal de<br />
meu próximo, duas, quatro ou seis vezes, tantas quantas se fez?<br />
R - Não basta; é preciso também dar a conhecer, se o que foi dito era verdade ou falso,<br />
se era muito importante ou não, diante de quantas pessoas se falou, se causou dano<br />
à pessoa da qual se falou, desde quando e qual foi o dano. Explicar-se assim, é o<br />
que se chama dizer as circunstâncias de um pecado.<br />
P - Quando se roubou alguma coisa, basta dizer: Eu me acuso de ter roubado?<br />
R - Não basta; para se confessar bem é preciso também declarar as circunstâncias desse<br />
pecado: dizer qual foi a quantia, ou o que é que se roubou, e qual poderia ser o<br />
valor de tudo, se não se possui mais e se o roubado pertencia à Igreja, ou a um rico,<br />
ou a um pobre, ou a alguém que tivesse muita necessidade do que foi roubado,<br />
quanto tempo se guardou, e que quantia se guardou, e qual o prejuízo que isto causou<br />
à pessoa da qual se roubou.<br />
P - Qual é a sexta coisa que se deve observar na confissão ao declarar seus pecados?<br />
R - é declarar os próprios pecados e nunca os dos outros, nunca dar o nome de alguém<br />
na confissão.<br />
P - Contudo muitas vezes acontece que algumas pessoas acreditam fazer bem, na confissão,<br />
contar os pecados dos outros: Padre, dirá alguém, tenho um filho, ou uma<br />
filha, ou um empregado, ou empregada que me causam muito sofrimento; preciso<br />
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