Revista Sindiposto Edição 62_OKART3.indd

22 | SINDIPOSTO | Dezembro/2012
Biodiesel
Biocombustível brasileiro disputa
liderança mundial com a Alemanha
Alemanha ainda está na frente no ranking, produzindo 2,6 bilhões de litros
anualmente, enquanto o Brasil produz 2,4 bilhões de litros no mesmo período
O Brasil já poderia ser a maior potência
global em biodiesel, porém,
fatores internos como a alta carga
tributária, infraestrutura logística defi
ciente, e uma política pública conservadora,
além da atuação em um
mercado totalmente inédito, estão
atrasando a produção brasileira.
O Programa Nacional de Produção
e Uso do Biodiesel (PNPB), criado
pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, em 2005, vem incentivando a
iniciativa privada a investir cada vez
mais no segmento, e espera-se que o
mínimo aplicado até 2020 chegue a
R$ 7,36 bilhões.
Existe uma expectativa de que
o Brasil assuma a liderança mundial
do setor, ultrapassando a Alemanha,
que ainda está na frente no ranking,
produzindo 2,6 bilhões de litros anualmente,
enquanto o Brasil produz 2,4
bilhões de litros no mesmo período.
Os números mostram ser possível
essa tomada do primeiro lugar,
pois em 2008, o Brasil saiu de uma
produção de 736 milhões de litros
de Biodiesel em 2005, para uma produção
de 1,5 bilhão e saltou para 2,4
bilhões de litros em 2011. A capacidade
do parque industrial brasileiro é
de 6 bilhões de litros por ano, o que
PLANOS
demonstra haver uma grande capacidade
ociosa.
Os investimentos, no entanto,
dependem do anúncio por parte do
governo federal de um novo marco
regulatório para o setor, que é a defi
nição da porcentagem de biodiesel
que pode ser adicionado ao diesel
fóssil. Esse tem sido o maior obstáculo
para os empresários, já que a presidenta
Dilma Roussef desonerou o
setor do Cide, Pis/Pasep, IPI e Cofi ns.
De acordo com o presidente da
Associação dos Produtores de Biodiesel
(Aprobio), Erasmo Carlos Battistela,
com a capacidade produtiva que