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Preços
Reajuste dos combustíveis deve fi car para 2013
O principal motivo para manter os preços dos combustíveis
é evitar uma pressão sobre os índices de infl ação
Depois de muita especulação de
que os preços dos combustíveis sofreriam
reajuste após a eleição municipal,
o que não aconteceu, tudo
indica que o aumento fi cará para o
ano que vem. A presidente da Petrobras,
Maria das Graças Foster, voltou
a afi rmar no fi nal de novembro que
não há previsão para reajuste.
O último aumento da gasolina,
de 7,83%, ocorreu no fi nal de
junho deste ano. Naquele mês, o
preço do diesel também sofreu
um reajuste, de 3,94%. Os reajustes,
no entanto, não foram repassados
ao consumidor porque o
governo zerou a Cide.
O principal motivo para manter
os preços dos combustíveis é
evitar uma pressão sobre os índices
de infl ação, o que comprometeria
os resultados do crescimento
econômico de 2012. O governo
trabalhava com uma previsão de
que a infl ação fecharia o ano abaixo
de 5%. Já revisou para próximo
de 5,5%. Um reajuste da gasolina,
segundo analistas, poderia empurrá-la
para 6%.
Além da questão infl acionária,
pesou também na decisão o impacto
que um aumento nos preços
dos combustíveis teria sobre os
custos das empresas num momento
em que o governo busca cortá-
-los para incentivar o investimento.
Mas, não é por falta de intenção
por parte da Petrobras que
os preços não subirão. Graça Foster
já pediu um aumento de 10%
para a gasolina e, como forma de
pressão, avisou que projetos de
investimento serão cortados se
não houvesse aumento. Ou seja, o
reajuste virá, só não tem data para
que isso aconteça.
Mas, os sinais do governo são
contraditórios. No mercado há informações
de que o governo cogita
a possibilidade de fazer com
a BR Distribuidora o mesmo que
fez com os bancos públicos para
forçar a queda de juros. A ideia é
que a BR, que é a maior distribuidora
de derivados de petróleo
do País, dê desconto na venda de
combustíveis aos postos com a sua
bandeira. Isso forçaria outras distribuidoras
a seguir o exemplo.
O fato é que diante de tantos
desencontros de informação, o
mercado não sabe o que esperar,
permanecendo em uma situação
de insegurança, o que tem levado
ao adiamento de investimentos no
setor da revenda.
31 | SINDIPOSTO | Dezembro/2012