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Livro de Anita Garibaldi - Nereu Moura

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<strong>Anita</strong> <strong>Garibaldi</strong> A Guerreira das REPÚBLICAs– Adílcio Cadorin<br />

Biblioteca Virtual da Página do Gaúcho - www.paginadogaucho.com.br<br />

Como, então, justificar à socieda<strong>de</strong> conservadora da época uma união <strong>de</strong> um<br />

casal tão influente, com filhos, sem que tivessem recebido as bençãos<br />

nupciais? Além do mais, sendo católicos, necessitavam batizar seu<br />

primogênito Menotti, o que somente seria possível se estivessem casados. As<br />

vésperas <strong>de</strong> ter seu segundo filho, pressionados socialmente, não lhes restou<br />

outra alternativa que não foi informar ao clero <strong>de</strong> Montevidéu ser <strong>Anita</strong> livre<br />

e <strong>de</strong>simpedida, o que foi feito e aceito mediante o <strong>de</strong>poimento das<br />

testemunhas que firmaram o pacto antenupcial.<br />

No dia 26 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1842, oficializaram sua união, e o ato matrimonial,<br />

que havia sido precedido por proclamas, foi registrado no <strong>Livro</strong> 01 <strong>de</strong><br />

Matrimônios Realizados na Paróquia <strong>de</strong> São Bernardino em Montevidéu, a<br />

folhas 27 verso, sob número 19. Anos mais tar<strong>de</strong>, tendo sido <strong>de</strong>molida a<br />

Igreja <strong>de</strong> S. Bernardino, seus registros foram transferidos e até hoje<br />

encontram-se arquivados na Igreja <strong>de</strong> São Francisco, naquela mesma<br />

Capital. Neste histórico documento, ao qualificarem os nubentes, <strong>Anita</strong>, que<br />

oficialmente ainda usava o nome <strong>de</strong> Ana Maria <strong>de</strong> Jesus Ribeiro, foi<br />

qualificada como sendo natural <strong>de</strong> Laguna, no Brasil, conforme sua<br />

transcrição abaixo:<br />

"No dia vinte e seis <strong>de</strong> março <strong>de</strong> mil oitocentos e quarenta e dois, Dom<br />

Zenon Aspiazú, meu lugar tenente em esta Paróquia <strong>de</strong> São Bernardino em<br />

Montevidéu, autorizou o matrimônio que, "in facie Ecclesiae" contraiu por<br />

palavra <strong>de</strong> presença Dom José <strong>Garibaldi</strong>, natural da Itália, filho legítimo <strong>de</strong><br />

Dom José Domingo <strong>Garibaldi</strong> e <strong>de</strong> Dona Rosa Raimunda;com Dona Ana<br />

Maria <strong>de</strong> Jesus, natural <strong>de</strong> Laguna no Brasil, filha legítima <strong>de</strong> Dom Benito<br />

Ribeiro da Silva e <strong>de</strong> Dona Maria Antonia <strong>de</strong> Jesus;tendo o Sr. Provedor e<br />

Vigário Geral dispensado duas conciliares proclamas e praticado o mais<br />

quanto previne o Direito: não receberam as bênçãos nupciais por ser tempo<br />

em que a Igreja não as impõe;foram testemunhas do ato Dom Pablo Semi<strong>de</strong>i<br />

e Dona Feliciana Garcia Billegas, o que por verda<strong>de</strong> firmo, eu o Cura<br />

Reitor - (ass.) - Lorenzo A. Fernan<strong>de</strong>z." (67)<br />

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