Livro de Anita Garibaldi - Nereu Moura
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<strong>Anita</strong> <strong>Garibaldi</strong> A Guerreira das REPÚBLICAs– Adílcio Cadorin<br />
Biblioteca Virtual da Página do Gaúcho - www.paginadogaucho.com.br<br />
ANITA PARTICIPOU DA BATALHA DE LUINO<br />
Decepcionado pelas rejeições que suportou, <strong>Garibaldi</strong> tentou sobrepor-se à<br />
amargura que sentiu, dirigindo-se a Milão, on<strong>de</strong> os mazzinistas já haviam<br />
formado um exército, que acrescido com seus homens, chegou a 3.000, os<br />
quais passaram imediatamente ao seu comando. Era um exército <strong>de</strong><br />
voluntários, <strong>de</strong> diversas procedências, sem disciplina e sem armas e<br />
equipamentos indispensáveis. Este exército não teve tempo sequer para<br />
organizar-se em companhias e batalhões, pois a falta <strong>de</strong> maior mobilida<strong>de</strong><br />
militar dos soldados do Rei Carlos Alberto fez com que os austríacos, com<br />
um exército <strong>de</strong> 20.000 soldados voltassem a atacar, retomando a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Milão. Depois <strong>de</strong> sofrer uma <strong>de</strong>serção <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 1.500 homens, <strong>Garibaldi</strong><br />
foi <strong>de</strong>rrotado na Batalha <strong>de</strong> Luino, on<strong>de</strong> combateu com apenas 400 soldados.<br />
Segundo os historiadores Leite Castro, Henrique Boiateux e Lindolfo Collor,<br />
<strong>Anita</strong> participou <strong>de</strong>sta batalha, tendo o seu cavalo sido atingido por um tiro,<br />
jogando-a ao solo. <strong>Garibaldi</strong> vendo-a caída, rapidamente puxou-a para a sela<br />
<strong>de</strong> seu cavalo e os dois, a golpes <strong>de</strong> espadas, abriram caminho entre os<br />
austríacos.<br />
Mesmo <strong>de</strong>rrotado e com minguados legionários republicanos, <strong>Garibaldi</strong><br />
ainda permaneceu na Lombardia, on<strong>de</strong> na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Morazzone tentou dar<br />
combate aos austríacos, sustentando pequenas batalhas. Depois <strong>de</strong>sta<br />
batalha, <strong>Garibaldi</strong> retirou-se para a Suíça, entrando em Lugano, em cuja<br />
fronteira entrou disfarçado, juntamente com poucos <strong>de</strong> seus homens. Ali foi<br />
preso, mas logo posto em liberda<strong>de</strong>, pois o Cantão Tessin, on<strong>de</strong> encontravase,<br />
que tinha o italiano como língua oficial, era francamente favorável ao<br />
projeto <strong>de</strong> unificação. Mesmo sendo libertado, enten<strong>de</strong>u que a tão sonhada<br />
revolução pela unificação havia fracassado temporariamente. Era necessário<br />
retroce<strong>de</strong>r e ganhar tempo para reorganizar-se.<br />
Da Suíça voltou à Nizza, reencontrando <strong>Anita</strong>, que para lá havia voltado<br />
logo após a <strong>de</strong>rrota <strong>de</strong> Luino. <strong>Garibaldi</strong> voltou doente, pois além <strong>de</strong> há<br />
algum tempo sofrer <strong>de</strong> dores reumáticas, em Roverbella contraiu malária. De<br />
volta atacou-lhe uma grave crise <strong>de</strong> artrite, o que o <strong>de</strong>ixou com bastante<br />
febre e acamado por três semanas.<br />
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