Paula Coelho Baptistotte.pdf - Qualittas
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Após o carregamento das caixas nos caminhões de transporte, recomenda-se<br />
que seja feita a pulverização de água sobre as aves no momento da saída do veículo<br />
da granja para o abatedouro, tendo como objetivo a redução dos efeitos causados pelo<br />
estresse calóricos aos frangos. Além de aumentar o conforto dos animais, esta prática<br />
também auxilia na redução das perdas por mortalidade e melhora a qualidade da carne<br />
pela redução do estresse pré abate (ROSA et al. 2000).<br />
Embora as ações de apanha e carregamento sejam as que mais causam<br />
injúrias físicas nas aves, o transporte deve receber cuidado especial, pois ele é grande<br />
causador de estresse nos animais, afetando assim o seu bem estar. Dessa forma, os<br />
aspectos que devem ser levados em consideração no momento do transporte são:<br />
tempo de viagem, tempo de restrição de alimentos e água, período do dia, condições<br />
climáticas (temperatura, umidade relativa do ar e velocidade do vento), densidade de<br />
aves nas caixas de transporte, tempo de espera no carregamento e descarregamento e<br />
condições das estradas (ROSA et al., 2000).<br />
Durante o transporte, as condições ambientais externas (macroclima) e<br />
internas da caixa (microclima) estão entre as principais causas de estresse nas aves. A<br />
falta de ventilação para as aves que estão localizadas nas gaiolas no centro da carga<br />
(no caminhão) podem sofrer calor e hipertermia, já as aves que estão em gaiolas<br />
localizadas nas extremidades da carga podem sofrer frio excessivo, sendo que ambas<br />
as condições causam estresse e consequentemente mudanças fisiológicas no pré<br />
abate, assim como mudanças bioquímicas no post mortem (WARRISS et al., 1993.)<br />
A exposição das aves a altas temperaturas durante o transporte é a causa mais<br />
frequente de redução da qualidade da carne e das chamadas “mortes na chegada”, o<br />
que tende a se agravar com o aumento do tempo de transporte (WARRISS, 2004). De<br />
acordo com VECERECK et al. (2006) as “mortes de chegada” são reflexos de fatores<br />
que ocorrem antes do transporte das aves (como por exemplo injurias causadas<br />
durante o carregamento) e durante o transporte das mesmas (microclima, densidade<br />
da caixa e etc), sendo que esses fatores, isolados ou combinados, contribuem para o<br />
aumento da mortalidade das aves. Quanto maior o tempo e distância entre a granja e o<br />
abatedouro, maior é a mortalidade das aves, além de serem maiores também os<br />
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