RELIGIÃO - Charles Guimarães Filho

máculas, e nele não haverá luz nem vida eterna. Sendo assim,
Deus jamais o receberá com satisfação, tudo deve ser
espontâneo e natural.”
Despreocupadamente.
“Sem dúvida, acabaremos adquirindo essa soma,
portanto, não é preciso preocupar-nos com isso. Falei sobre esse
assunto na ocasião no Culto do quarto e do quinto dia, logo, nos
três primeiros dias não falei sobre isso. Apenas referi-me ao
plano de agora em diante.
Soube que havia pessoas que ficaram preocupadas,
pensando: "Precisamos de tanto dinheiro, como vamos fazer?"
Por isso, para que os senhores, como ministros, possam dar
explicações plausíveis aos membros, hoje lhes falei de modo que
pudessem entender bem.”
Oferecer com o pensamento de querer oferecer, mesmo
que se perca no meio do caminho.
“Quando eu estava na religião Oomoto, uma pessoa
pediu a outra para levar donativo a Igreja. No entanto, essa
pessoa, no caminho para Ayabe, acabou usando-o para
divertimento com gueixas. Parece-me que o donativo fora
desperdiçado, mas isso jamais acontece, pois o pensamento logo
se comunica com Deus. Disseram-me: “O espírito do donativo
chegou ao seu destino; só a sua matéria é que foi usada, por
isso, não tem importância. Mesmo que alguém sirva de portador
de doações e passe a usá-la no meio do caminho, não há
diferença”. Eu acho que havia lógica nisso. É o pensamento de
querer oferecer. Podemos entender melhor pelo fato que se
segue: o espírito de uma pessoa recentemente falecida dizia que
a garganta estava inchando, causando-lhe incômodo. Então,
perguntei-lhe: “Mas seu familiar não lhe deu água, não foi?”. Ela
respondeu: “Sim, mas como o pensamento dele é ruim, não
consigo beber”. Quando é oferecido com o pensamento de
“querer oferecer”, o espírito consegue tomar, mas quando
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