RELIGIÃO - Charles Guimarães Filho

verdade, a maioria dos budistas da atualidade não mostra
nenhum interesse pelo assunto, pois considera que “a doença
não é curada com o poder de Buda”. Por conseguinte, a praxe é:
“Se a pessoa ficar doente, deve consultar um médico”. Em
questões como “a doença, a infelicidade e a morte”, no budismo
dizem que não há o que se possa fazer, e pregam que as pessoas
devem superá-las, devem se resignar, afirmando que nisso
reside a verdadeira percepção. E parece que consideram ser esse
a correta visão religiosa.
No que diz respeito ao Tieshokaku.
É bom entregar nas mãos de Deus, mas não
exclusivamente. Pensar que determinadas coisas são da Vontade
de Deus, e se detiver apenas nisso, acaba-se falhando. Aí, tornase
necessária a Inteligência Superior. Consequentemente, não se
deve ficar preso a um só fato, e tampouco à força humana.
Por essa razão, Sakyamuni disse: “Deve desenvolver a
sabedoria”, “Torne-se sábio” significa desenvolver a Inteligência
Superior, ou seja, o Tieshokaku (Inteligência da Percepção
Verdadeira), ou simplesmente “Tié” (inteligência). Esta não se
refere unicamente a resignação, mas também à conscientização.
Sakyamuni disse que inteligência é a capacidade de se
descobrir as coisas rapidamente. Quando ela se manifesta, num
determinado nível, a pessoa torna-se iluminada. O Grande
Iluminado é o mais poderoso: “Torna-se Bossatsu, quem adquirir
Percepção Verdadeira; e Nyorai, a Grande Iluminação.”
No tocante a teoria do caminho do meio.
Ele é uma das bases que constituem o verdadeiro
caminho da Fé, a iluminação pregada por Sakyamuni também
está ligada a essa teoria.
● Vaticinador do desapego, piedade e caridade.
Buda pregou basicamente o desapego, isto é, a limitação
dos gozos materiais através do desprendimento, e ensinou o
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