RELIGIÃO - Charles Guimarães Filho

“Mesmo quando ainda era um pequeno comerciante,
Meishu-Sama lia jornais e revistas todos os dias, observando
profunda e atentamente a tendência do mundo.
Quando expunha suas opiniões sobre a situação mundial,
era ridicularizado pelos mais velhos e entendidos, que
representavam a geração da época: “Você ainda é principiante e
fica fanfarronando. Ao invés de ficar pensando nessas bobagens,
pense no seu comércio.”
Isso evidencia que, desde aquele tempo, Meishu-Sama já
visualizava a realidade do mundo.”
“Certa vez, Meishu-Sama falou: “Em tudo que existe só
há um único ponto vital, um único método melhor.” Creio que
ele sempre buscava “o melhor” e o praticava.”
“Certa vez, a comida servida a Meishu-Sama num
restaurante, onde seu mestre-cuca era messiânico, não estava
saborosa e fui chamado por Meishu-Sama.
- Qual era o preço daquele prato?
- Tanto.
- Deu gorjeta?
- Sim.
- A gorjeta deve ser dada à pessoa que atende ao ponto
vital.
- Qual pessoa seria o ponto vital?
- Aqui, é o seu mestre-cuca.
A essa altura, o diálogo se converteu em advertência
severa: “Quando se convida uma pessoa, é preciso tomar
cuidado.”
“Na época em que minha tarefa era assar truta para
Meishu-Sama, pensava sempre: “O importante não é
exatamente a maneira de assar o peixe, mas o meu pensamento
no momento.”
Por exemplo, nos dias de Culto, só de ver a janela a
fisionomia dos meus parentes que chegavam, sentia-me
emocionado. Nessas ocasiões, quando servia peixe assado, de
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