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GESTÃO DE RESÍDUOS - Revista Visão Ambiental

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Divulgação<br />

te”, afirma Franciane Junctum, coordenadora do<br />

Sistema de Gestão da Qualidade. Além de buscar<br />

a sustentabilidade do seu negócio e minimizar<br />

os impactos das operações industriais, a empresa<br />

só adquire madeira, peças e componentes de<br />

pínus e eucalipto, chapas de MDF, OSB e Duraplac<br />

(compensado e sarrafeado) no mercado regional,<br />

evitando a compra de matérias-primas oriundas<br />

de fontes controversas. Para comprar madeira,<br />

profissionais capacitados da empresa analisam<br />

fornecedores e, como critério, só adquirem madeira<br />

de florestas com certificado FSC. Quando<br />

isso não é possível, verificam a origem da madeira<br />

conforme os critérios definidos pelo FSC e, através<br />

de um questionário acompanhado de evidências<br />

(documentos, declarações, pareceres jurídicos, etc.),<br />

a empresa avalia as condições para se determinar<br />

se a madeira provém de uma área que possui<br />

um alto ou baixo risco em relação aos critérios<br />

definidos pelo FSC. “Nesse processo, são controlados<br />

a autenticidade dos materiais fornecidos e<br />

o atendimento das definições e exemplos do FSC”,<br />

explica Franciane.<br />

O grupo também tem capacidade para produzir<br />

cerca de 15 mil toneladas mensais de papéis<br />

Kraft pardo e branco de 30 a 200 g/m², além de<br />

papéis para a fabricação de chapas e caixas de<br />

papelão ondulado. Em 2005, a empresa inaugurou<br />

na Unidade Fabril Papel, em Vargem Bonita (SC), a<br />

Usina de Co-geração de Energia, um projeto MDL<br />

(Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) à base<br />

de biomassa. O projeto trouxe autossuficiência<br />

energética à unidade e reduziu a emissão de poluentes<br />

na atmosfera. Com isso, a Celulose Irani S.A.<br />

é a primeira empresa brasileira do setor de papel e<br />

embalagem e a segunda no mundo a ter créditos<br />

de carbono emitidos segundo o Protocolo de Kyoto.<br />

Ou seja: ela retirou mais carbono da atmosfera<br />

do que emitiu, em função do grande volume de<br />

florestas plantadas e da energia gerada pela própria<br />

empresa por meio das suas hidroelétricas e<br />

termoelétricas. Em 2006, a Irani ativou sua nova<br />

Planta de Recuperação de Produtos Químicos. O<br />

investimento, além de permitir o aumento da produção<br />

de celulose em 30%, elevando de 170 para<br />

220 toneladas por dia a capacidade instalada da<br />

unidade, possibilitou um melhor aproveitamento<br />

térmico do processo, gerando uma economia de<br />

aproximadamente seis mil toneladas mensais de<br />

biomassa. Com suas várias ações, em 2007 o grupo<br />

recebeu da ISO a certificação 9001:2000.<br />

SELO BIOMÓVEL<br />

O conceito do móvel ecologicamente correto<br />

está neste selo e é exclusivo do APL Móveis do<br />

Planalto Catarinense, região onde as empresas<br />

utilizam madeira renovável e buscam processos<br />

ambientalmente corretos. Atualmente, 25 empresas<br />

estão credenciadas a fabricar produtos com o selo.<br />

Entre elas, a Meu Móvel de Madeira.<br />

Para poder batizar um produto com o selo<br />

Biomóvel, as empresas precisam cumprir diversas<br />

exigências no desenvolvimento do móvel e no<br />

processo de fabricação. Entre os principais requisitos<br />

Dormitório Grossl: elaborado<br />

dentro das normas<br />

de certificação e com<br />

orientações do Sebrae<br />

estão a obrigatoriedade de ter na<br />

composição do móvel 100% de<br />

madeira de origem reflorestada,<br />

utilizar exclusivamente adesivos<br />

à base de PVA, controlar os resíduos<br />

gerados durante o processo<br />

produtivo, direcionar de forma<br />

ambientalmente adequada produtos<br />

químicos, vasilhames e resíduos<br />

não orgânicos, otimizar o<br />

número de componentes e peças,<br />

escolher materiais e processos de<br />

baixo impacto e evitar a utilização<br />

de materiais tóxicos. Políticas de<br />

segurança e socialmente justas<br />

também integram as exigências<br />

do Biomóvel.<br />

A proposta do Biomóvel é<br />

construir um modelo de desenvolvimento<br />

econômico e social<br />

sustentável aliando tecnologia<br />

limpa e materiais não nocivos ao<br />

meio ambiente ou à saúde do<br />

consumidor. “É uma nova cultura<br />

na produção de móveis. As indústrias,<br />

além de atenderem a<br />

todos os requisitos de qualidade,<br />

também estão oferecendo ao<br />

mercado produtos que unem design<br />

moderno, resistência e visão<br />

ambiental”, explica o coordenador<br />

do projeto, Carlos Mattos.<br />

VISÃO AMBIENTAL • SETEMBRO/OUTUBRO • 2009<br />

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