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GESTÃO DE RESÍDUOS - Revista Visão Ambiental

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água, papel e energia. A criação da área de<br />

sustentabilidade, em 2007, e a subsequente<br />

unificação das ações sociais da empresa<br />

permitiram explorar de maneira mais consistente<br />

as diversas sinergias existentes entre as<br />

dimensões da sustentabilidade. Além disso,<br />

como parte de seu compromisso ambiental,<br />

o Fleury adotou em 2008, em parceria com a<br />

Delegacia Regional do Trabalho, o programa<br />

“Empresa Livre de Mercúrio”, substituindo<br />

os equipamentos que continham mercúrio<br />

metálico por alternativas sem esse elemento,<br />

iniciativa pela qual recebeu menção honrosa<br />

do órgão. Ainda em 2008 foi inaugurada a<br />

primeira unidade de atendimento sustentável,<br />

a Rochaverá-Morumbi.<br />

Construída segundo os requisitos da certificação<br />

LEED (Leadership in Energy and<br />

Environmental Design — em português,<br />

Liderança na Energia e no Projeto <strong>Ambiental</strong>),<br />

do U.S. Greenbuilding Council, desde a<br />

fase de planejamento até o término da fase<br />

de obras, foram adotadas várias medidas<br />

visando à redução dos impactos ambientais<br />

oriundos da construção civil, dentre as<br />

quais se destacam o estudo da eficiência<br />

energética da unidade e a utilização de equipamentos<br />

livres de CFC, madeira certificada,<br />

Divulgação<br />

Incinerador Pioneira: resíduos se transformam em anidrido<br />

carbônico (CO 2 ), anidrido sulfuroso (SO 2 ), nitrogênio (N 2 ),<br />

oxigênio (O 2 ), água (H 2 O) e cinzas<br />

peso e as características de periculosidade dos resíduos”,<br />

define o professor. As escórias e cinzas são<br />

dispostas em aterro sanitário próprio, os efluentes<br />

líquidos devem ser encaminhados para estação<br />

de tratamento e os gases oriundos da queima<br />

precisam ser tratados e monitorados.<br />

A Pioneira <strong>Ambiental</strong> foi a primeira empresa<br />

brasileira a conseguir licença e instalar um incinerador<br />

privado. Hoje, segundo levantamento<br />

da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza<br />

Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), são doze<br />

incineradores em todo Brasil. A técnica usada<br />

pela empresa é uma das mais positivas ao meio<br />

ambiente: a dry scrubber, ou seja, que remove os<br />

poluentes a seco. Ele “limpa” os resíduos sem gerar<br />

efluentes contaminados, o que atende aos mais<br />

rigorosos limites de emissões. “Temos capacidade<br />

para incinerar dez toneladas por dia, já que temos<br />

duas linhas com capacidade de cinco toneladas;<br />

nosso sistema foi projetado para operar dentro<br />

das mais rigorosas leis vigentes” ressalta o gerente<br />

de projetos do grupo Pioneira, Andreas Babinskys.<br />

Segundo ele, o sistema em operação emite menos<br />

do que 15% dos valores máximos permitidos. As<br />

emissões de gases são permanentemente con-<br />

materiais de rápida renovação na natureza<br />

e produtos livres de metais pesados e substâncias<br />

voláteis.<br />

RVA: O que é feito com os resíduos sólidos?<br />

DP: O programa de gerenciamento de resíduos<br />

do Fleury segue padrões de referência<br />

na área. Cada resíduo possui um descarte<br />

e destinação específicos, de acordo com a<br />

natureza e o risco apresentado. Nas Unidades<br />

de Atendimento, os resíduos infectantes são<br />

acondicionados em sacos branco-leitosos e<br />

posteriormente encaminhados ao sistema de<br />

tratamento por desativação eletrotérmica<br />

oferecido pelo município. Perfurocortantes<br />

são acondicionados em caixas resistentes a<br />

puncturas e são encaminhados para o mesmo<br />

tratamento. Na sede técnica da empresa,<br />

os resíduos infectantes são autoclavados e<br />

descaracterizados, e posteriormente encaminhados<br />

como resíduo comum. Resíduos<br />

químicos são acondicionados em bombonas<br />

ou frascos de vidro, de acordo com a<br />

compatibilidade química, e posteriormente<br />

encaminhados para incineração. Rejeitos<br />

radioativos são armazenados em contêineres<br />

e abrigos revestidos de chumbo, onde<br />

aguardam o decaimento da radioatividade<br />

até níveis inócuos à saúde humana. Também<br />

troladas através do sistema de<br />

amostragem do Analisador Contínuo<br />

de Emissões Atmosféricas<br />

(CEMS), que assegura a qualidade<br />

do ar. Com esta conduta, o<br />

grupo conquistou o ISO 14001<br />

em 2006. “Somos os primeiros<br />

e únicos com o certificado ISO<br />

14001 para o escopo de Coleta,<br />

Transporte e Incineração de<br />

Resíduos de Serviço de Saúde,<br />

e continuamos sempre buscando<br />

a excelência ambiental aprimorando<br />

os nossos processos”,<br />

afirma Andreas.<br />

No sistema de autoclavagem<br />

acontece a esterilização dos RSS<br />

dentro de um equipamento de<br />

autoclave. Os sacos com os resíduos<br />

são depositados em caixas<br />

metálicas sem tampa e o vapor é<br />

injetado na câmara com temperatura<br />

de 150 ºC a 4 kg de pressão<br />

por centímetro quadrado. Com a<br />

alta temperatura da câmara, os<br />

é praticada a coleta seletiva para separação<br />

dos materiais recicláveis. Os demais resíduos<br />

são considerados comuns e recolhidos por<br />

empresas contratadas para este fim. O Fleury<br />

apresenta ainda programas específicos para<br />

a destinação de lâmpadas fluorescentes,<br />

baterias, óleo comestível e filmes de raios-X<br />

desprezados, dentre outros.<br />

RVA: O que foi preciso para conseguir a licença<br />

para tratar os RSS?<br />

DP: A licença foi emitida pela Cetesb em março<br />

de 2006, e possui validade de 5 anos. O<br />

licenciamento envolveu a elaboração de um<br />

Relatório <strong>Ambiental</strong> Preliminar e a realização<br />

de testes para verificação da eficácia do<br />

processo e envolve ainda o compromisso do<br />

envio periódico à Cetesb de dados relacionados<br />

à eficácia e produtividade do sistema.<br />

RVA: Existem medidas de sustentabilidade<br />

e reciclagem de materiais RSS?<br />

DP: Sim, a coleta seletiva foi implantada em<br />

1998 na empresa e envolve a separação dos<br />

materiais passíveis de reciclagem no momento<br />

e local da sua geração, mas caso o resíduo<br />

apresente algum risco, ele é separado de<br />

acordo com suas características (infectante,<br />

químico ou radioativo) para seguir a destinação<br />

correta específica.<br />

VISÃO AMBIENTAL • SETEMBRO/OUTUBRO • 2009<br />

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