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A escrita no processo de formação contínua do - Educadores

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competente e freqüente da leitura e da <strong>escrita</strong>” (p.36). Para Kramer (2001),<br />

as questões enfrentadas hoje, que são <strong>de</strong><strong>no</strong>minadas letramento, “<strong>no</strong>s<br />

situam em outro patamar <strong>de</strong> reflexão, <strong>de</strong> discussão crítica e <strong>de</strong> proposição<br />

<strong>de</strong> políticas e <strong>de</strong> práticas” (p.105).<br />

Carrasco (2001) evi<strong>de</strong>ncia este problema quan<strong>do</strong> afirma que<br />

Sobre a linguagem simbólica da matemática, também cabe<br />

salientar que esta é consi<strong>de</strong>rada, muitas vezes, como a única<br />

forma possível para expressar-se as idéias e os resulta<strong>do</strong>s da<br />

matemática. [...] A dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> ler e escrever em linguagem<br />

matemática, on<strong>de</strong> aparece uma abundância <strong>de</strong> símbolos,<br />

impe<strong>de</strong> muitas pessoas <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>rem o conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> que<br />

está escrito, <strong>de</strong> dizerem o que sabem <strong>de</strong> matemática e, pior<br />

ainda, <strong>de</strong> fazerem matemática (p.194).<br />

Nós, entretanto, evi<strong>de</strong>nciamos a exploração intencional da leitura e<br />

da <strong>escrita</strong>, <strong>no</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong> ensinar e apren<strong>de</strong>r Matemática na<br />

Licenciatura, como uma forma potencial que amplia o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

compreensão e <strong>de</strong> reflexão <strong>do</strong>s futuros professores sobre Matemática<br />

enquanto objeto <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong> e aprendizagem, promoven<strong>do</strong>, assim, a<br />

constituição pessoal e profissional <strong>do</strong> futuro professor <strong>de</strong> Matemática. Esta,<br />

inclusive, é a <strong>no</strong>ssa hipótese investigativa <strong>de</strong> trabalho, ten<strong>do</strong>-<strong>no</strong>s auxilia<strong>do</strong><br />

a <strong>de</strong>limitar como foco <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> presente trabalho o papel da <strong>escrita</strong><br />

discursiva/narrativa na <strong>formação</strong> <strong>do</strong> professor <strong>de</strong> Matemática.<br />

Tal suposição foi reforçada pelo seguinte <strong>de</strong>poimento <strong>de</strong> um <strong>do</strong>s<br />

alu<strong>no</strong>s da Unicamp, futuro professor <strong>de</strong> Matemática:<br />

[A <strong>escrita</strong> interfere] na questão <strong>do</strong> pensamento mesmo, eu percebi a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formar uma idéia, sobre o que eu queria escrever, muito mais<br />

cuida<strong>do</strong>sa antes <strong>de</strong> escrever para analisar realmente on<strong>de</strong> queria chegar<br />

porque, diferente <strong>de</strong> quan<strong>do</strong> a gente vai fazer uma <strong>de</strong>monstração com<br />

aquelas “setinhas” e coisa e tal, a gente precisa estruturar a <strong>escrita</strong> muito<br />

bem. Então, na hora <strong>de</strong> me preparar para escrever eu sentia necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

pensar mais para po<strong>de</strong>r fazer uma <strong>escrita</strong> consistente e que chegasse aon<strong>de</strong><br />

a gente queria com uma certa simplicida<strong>de</strong> [trecho da entrevista concedida<br />

em 25/07/2003].<br />

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