A escrita no processo de formação contínua do - Educadores
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A cada semana os alu<strong>no</strong>s me entregavam uma folha com registros que eram<br />
<strong>de</strong>volvidas comentadas na semana seguinte. Após as três semanas, <strong>de</strong>volvi<br />
<strong>de</strong>finitivamente as folhas e, na sala <strong>de</strong> aula, fomos seguin<strong>do</strong> a seqüência <strong>do</strong><br />
que havia si<strong>do</strong> proposto na informática e formalizan<strong>do</strong> na lousa para que<br />
registrassem <strong>no</strong> ca<strong>de</strong>r<strong>no</strong>. Os alu<strong>no</strong>s propunham diferentes maneiras <strong>de</strong><br />
chegar a certas conclusões (Eml/FP).<br />
A confiança para <strong>de</strong>senvolver a estratégia que mediaria o ensi<strong>no</strong><br />
naquela série parece ter si<strong>do</strong> fundamental para disparar um gatilho<br />
importante <strong>de</strong> reflexão sobre a prática implementada, avalian<strong>do</strong>, assim, os<br />
resulta<strong>do</strong>s alcança<strong>do</strong>s:<br />
O mais interessante foi ver que alguns alu<strong>no</strong>s foram capazes <strong>de</strong> chegar à<br />
fórmula <strong>do</strong> número <strong>de</strong> diagonais, explican<strong>do</strong> corretamente cada<br />
procedimento (inclusive a divisão por 2, para que não se conte duas vezes a<br />
mesma diagonal). Nesse ponto, que era a última etapa <strong>do</strong> trabalho, os alu<strong>no</strong>s<br />
tinham que preencher uma tabela colocan<strong>do</strong> o número <strong>de</strong> diagonais em cada<br />
vértice e o número total <strong>de</strong> diagonais <strong>de</strong> vários polígo<strong>no</strong>s (<strong>do</strong> triângulo ao<br />
icoságo<strong>no</strong>). Alguns perceberam através da seqüência <strong>de</strong> números a<br />
generalização que levou à fórmula. Outros foram capazes <strong>de</strong> perceber, a<br />
partir das figuras, o porquê da fórmula. Aos primeiros, sempre solicitei que<br />
procurassem uma razão para ela - e encontraram. Para completar, pedi que<br />
registrassem essa conclusão (Eml/FP).<br />
A experiência vivida influenciava a prática <strong>de</strong> FP e, “plagian<strong>do</strong>”<br />
propostas que havia vivencia<strong>do</strong> como alu<strong>no</strong>, insere uma carta 125 à tia<br />
Belarmina em uma das questões <strong>de</strong> prova que avaliaria o avanço <strong>do</strong><br />
conhecimento <strong>de</strong> seus alu<strong>no</strong>s.<br />
Apesar <strong>de</strong> FP <strong>de</strong>sculpar-se pelo “plágio” ao utilizar a solicitação <strong>de</strong><br />
uma “carta para tia Belarmina” em uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliação,<br />
125 Eis a proposta: “Você <strong>de</strong>ve ter observa<strong>do</strong> alguma relação entre algumas diagonais <strong>do</strong><br />
polígo<strong>no</strong> maior e os la<strong>do</strong>s <strong>do</strong> polígo<strong>no</strong> me<strong>no</strong>r na questão 2. Sua tia Belarmina a<strong>do</strong>ra fazer<br />
tapetes <strong>de</strong>cora<strong>do</strong>s e, para isso, usa formas geométricas. Escreva uma breve carta a ela<br />
explican<strong>do</strong> direitinho como o conhecimento das diagonais <strong>de</strong> um polígo<strong>no</strong> convexo (o<br />
que são as diagonais e como calcular o número <strong>de</strong> diagonais <strong>no</strong> polígo<strong>no</strong> são itens<br />
indispensáveis) permite a criação <strong>do</strong> padrão a seguir. Se você quiser, po<strong>de</strong> usar a figura<br />
ao la<strong>do</strong>”.<br />
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