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A escrita no processo de formação contínua do - Educadores

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A idéia <strong>de</strong> exotopia po<strong>de</strong> ser entendida quan<strong>do</strong> Tzevetan To<strong>do</strong>rov<br />

explica, <strong>no</strong> prefácio <strong>do</strong> livro Estética da Criação Verbal, <strong>de</strong> autoria <strong>de</strong><br />

Bakhtin, como compreen<strong>de</strong> algumas das expressões <strong>de</strong>sse autor:<br />

...uma vida encontra um senti<strong>do</strong>, e com isso se torna um<br />

ingrediente possível da construção estética, somente se é vista <strong>do</strong><br />

exterior, como um to<strong>do</strong>; ela <strong>de</strong>ve estar completamente<br />

englobada <strong>no</strong> horizonte <strong>de</strong> alguma outra pessoa; e, para a<br />

personagem, essa alguma outra pessoa é, claro, o autor: é o que<br />

Bakhtin chama a "exotopia" <strong>de</strong>ste último. (TODOROV, 2000, p.6)<br />

Compreen<strong>do</strong> exotopia como a visão privilegiada que temos quan<strong>do</strong><br />

“<strong>de</strong> fora” po<strong>de</strong>mos ter um outro olhar “<strong>do</strong> to<strong>do</strong>” , por po<strong>de</strong>r usufruir, com<br />

perspicácia, da amplitu<strong>de</strong> que a distância propicia, inserin<strong>do</strong> os possíveis<br />

elos <strong>de</strong> outros contextos, seja em relação a uma situação ou a uma<br />

pessoa.<br />

A seguir, apresento a narrativa <strong>de</strong> <strong>formação</strong> <strong>de</strong> cada um <strong>do</strong>s<br />

protagonistas da pesquisa, trazen<strong>do</strong> à tona diferentes espaços e contextos<br />

que entreteceram suas histórias. I<strong>de</strong>ntificamos alguns aspectos que se<br />

interpenetram, com diferentes graus <strong>de</strong> proeminência, em cada história,<br />

ora para completar, ora para polemizar ou para aguçar a constituição<br />

pessoal e profissional <strong>do</strong>s protagonistas. Na tecedura <strong>de</strong>ssas narrativas <strong>de</strong><br />

<strong>formação</strong>, daremos <strong>de</strong>staque especial ao papel exerci<strong>do</strong>: (1) pelas<br />

múltiplas linguagens <strong>de</strong> comunicação das idéias matemáticas (<strong>escrita</strong><br />

discursiva, <strong>escrita</strong> simbólica/técnica, <strong>de</strong>senho, oralida<strong>de</strong>); (2) pelo uso <strong>de</strong><br />

recursos da informática; (3) pelo <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projetos; (4) pelo<br />

trabalho com o “outro” (dupla ou grupo); (5) pela reflexão e investigação<br />

sobre o ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> Matemática.<br />

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