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A escrita no processo de formação contínua do - Educadores

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<strong>de</strong> trabalho, como já dissemos anteriormente, é que a prática da leitura e<br />

da <strong>escrita</strong>, durante a graduação, po<strong>de</strong> oportunizar, ao futuro professor, a<br />

emergência <strong>de</strong>ssas experiências formativas. Além disso, esse contexto<br />

experiencial <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> idéias e senti<strong>do</strong>s po<strong>de</strong> tornar-se mais próximo<br />

daquele em que irá atuar posteriormente, seja na condição <strong>de</strong> professor<br />

escolar, seja na <strong>de</strong> professor forma<strong>do</strong>r <strong>de</strong> outros professores.<br />

Jobim e Souza (1997), ao fazer um estu<strong>do</strong> interligan<strong>do</strong> os fios<br />

semelhantes entre as idéias <strong>de</strong> Mikhail Bakhtin e Walter Benjamin,<br />

evi<strong>de</strong>ncia a "urgência <strong>de</strong> se pensar as questões contemporâneas a partir<br />

<strong>de</strong> formulações teóricas que consi<strong>de</strong>rem a linguagem como ponto <strong>de</strong><br />

partida e <strong>de</strong>svio para se apreen<strong>de</strong>r a complexida<strong>de</strong>, cada dia maior, da<br />

experiência <strong>do</strong> homem num mun<strong>do</strong> em permanente trans<strong>formação</strong>" (p.<br />

333).<br />

Essa mesma autora i<strong>de</strong>ntifica, ainda, que "a experiência cotidiana<br />

mais fundamental é a experiência que se vive 'na' e 'com' a linguagem"<br />

(Ibi<strong>de</strong>m, p. 343). Nessa mesma direção, Kramer (2000) pon<strong>de</strong>ra que,<br />

trabalhan<strong>do</strong> com leitura, <strong>escrita</strong> e <strong>formação</strong>, o horizonte precisa<br />

ser humanização, resgate da experiência humana, conquista da<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ler e escrever o mun<strong>do</strong> e a história coletiva, <strong>de</strong><br />

expressar-se, criar, mudar, <strong>de</strong> reescrevê-lo numa outra direção e<br />

com outro senti<strong>do</strong> (p.115).<br />

A preocupação, nessa perspectiva, está em oferecer aos alu<strong>no</strong>s não<br />

apenas a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resolver problemas, mas a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

produzir e comunicar significa<strong>do</strong>s, sobretu<strong>do</strong> sobre a Matemática. Se<br />

acreditarmos que é <strong>de</strong>sse mo<strong>do</strong> que o alu<strong>no</strong> apren<strong>de</strong> e é educa<strong>do</strong> e se<br />

educa, então parece ser necessário compreen<strong>de</strong>r as implicações e<br />

possibilida<strong>de</strong>s que po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>correr da utilização da <strong>escrita</strong> como<br />

estratégia <strong>de</strong> <strong>formação</strong> <strong>de</strong> professores <strong>de</strong> Matemática.<br />

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