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A natureza da moral de Hume - CFH

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(1) As impressões, na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> <strong>Hume</strong>, são as sensações mais<br />

fortes ou vívi<strong>da</strong>s que temos em nossa experiência. “As percepções que<br />

entram com mais força e violência, po<strong>de</strong>mos chamar <strong>de</strong> impressões; e sob<br />

este nome incluo to<strong>da</strong>s as sensações, paixões e emoções, quando elas<br />

fazem seu primeiro aparecimento na alma” (T 1.1.1.1) 27 . Na EHU a <strong>de</strong>finição<br />

reaparece assim: “Pelo termo impressão quero dizer to<strong>da</strong>s as nossas<br />

percepções mais vivazes, quando ouvimos, vemos, sentimos, amamos,<br />

odiamos, <strong>de</strong>sejamos ou queremos” (EHU 2.3) 28 . As impressões, também<br />

chama<strong>da</strong>s <strong>de</strong> percepções “originais”, po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong> dois tipos: (a)<br />

impressões <strong>de</strong> sensação (ou externas) associa<strong>da</strong>s aos sentidos próprios que<br />

percebem quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s como cores, sons, etc., ou, (b) impressões <strong>de</strong> reflexão<br />

(ou internas), relaciona<strong>da</strong>s com as emoções, a vonta<strong>de</strong>, dor e prazer, etc. (T<br />

2.1.1.1).<br />

(2) As idéias, por sua vez, são <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s como cópias <strong>da</strong>s impressões,<br />

e, <strong>de</strong> acordo com <strong>Hume</strong>, baseiam-se e provêm <strong>de</strong>stas, mas são menos<br />

fortes ou vivazes, ou seja, são mais esmaeci<strong>da</strong>s e fracas e não se<br />

confun<strong>de</strong>m com as impressões. “Por idéias entendo as imagens mais fracas<br />

<strong>de</strong>ssas [<strong>da</strong>s impressões] no pensamento e raciocínio” 29 (T 1.1.1.1; Cf. EHU<br />

2.3). Em relação às idéias, <strong>Hume</strong> afirma ain<strong>da</strong> que não é possível supor<br />

idéias cuja origem não seja uma impressão ou um conjunto <strong>de</strong> impressões.<br />

“To<strong>da</strong>s as nossas idéias simples, em seu primeiro aparecimento, <strong>de</strong>rivam <strong>de</strong><br />

impressões simples, às quais elas correspon<strong>de</strong>m e representam<br />

exatamente” (T 1.1.1.7) 30 .<br />

No Livro 3 do Tratado, <strong>Hume</strong> inicia sua discussão dos fun<strong>da</strong>mentos<br />

<strong>da</strong> <strong>moral</strong>i<strong>da</strong><strong>de</strong> reafirmando um dos princípios fun<strong>da</strong>mentais <strong>de</strong> sua filosofia<br />

segundo o qual: “na<strong>da</strong> jamais está presente à mente a não ser suas<br />

27 “Those perceptions which enter with most force and violence, we may name impressions;<br />

and, un<strong>de</strong>r this name, I comprehend all our sensations, passions, and emotions, as they<br />

make their first appearance in the soul”.<br />

28 “By the term impression, then, I mean all our more lively perceptions, when we hear, or<br />

see, or feel, or love, or hate, or <strong>de</strong>sire, or will”.<br />

29 “By i<strong>de</strong>as, I mean the faint images of these in thinking and reasoning”.<br />

30 “That all our simple i<strong>de</strong>as in their first appearance, are <strong>de</strong>rived from simple impressions,<br />

which are correspon<strong>de</strong>nt to them, and which they exactly represent”.<br />

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