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L. NEILMORIS - Portal Luz Espírita

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109 – O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO<br />

divulgá-los. Ao contrário, os oculta, a fim de que se não tornem conhecidos senão<br />

dela unicamente, e, se a malevolência os descobre, tem sempre pronta uma desculpa<br />

para eles, desculpa admissível, séria, não das que, com aparência de suavizar a falta,<br />

mais a evidenciam com traiçoeira intenção.<br />

A indulgência jamais se ocupa com os maus atos do próximo, a menos que<br />

seja para prestar um serviço; mas, mesmo neste caso, tem o cuidado de abrandá-los<br />

tanto quanto possível. Não faz observações chocantes, não tem censuras nos lábios;<br />

apenas conselhos e, as mais das vezes, velados. Quando criticam, que consequência<br />

se há de tirar das palavras de vocês? A de que não terão feito o que reprovam, visto<br />

que, estão a censurar; que valem mais do que o culpado. Ó homens! Quando será<br />

que julgarão os próprios corações, os próprios pensamentos, os próprios atos, sem se<br />

ocuparem com o que fazem seus irmãos? Quando só terão olhares severos sobre si<br />

mesmos?<br />

Sejam, pois, severos para com vocês mesmos e indulgentes para com os<br />

outros. Lembrem-se daquele que julga em última instância, que vê os pensamentos<br />

íntimos de cada coração e que, por conseguinte, desculpa muitas vezes as faltas que<br />

censuram, ou condena o que relevam, porque conhece a intenção de todos os atos.<br />

Lembrem-se de que vocês, que clamam em altas vozes: ―condenação!‖ quem sabe,<br />

terão cometido faltas mais graves.<br />

Sejam indulgentes, meus amigos, pois a indulgência atrai, acalma, ergue, ao<br />

passo que o rigor desanima, afasta e irrita.<br />

José Espírito protetor. (Bordéus, 1863)<br />

17. Sejam indulgentes com as faltas alheias, quaisquer que elas sejam; não julguem<br />

com severidade senão as suas próprias ações e o Senhor usará de indulgência para<br />

com vocês, como de indulgência tiverem usado para com os outros.<br />

Sustentem os fortes: animem a eles para a perseverança. Fortaleçam os<br />

fracos, mostrando-lhes a bondade de Deus, que leva em conta o menor<br />

arrependimento; mostrem a todos o anjo da penitência estendendo suas brancas asas<br />

sobre as faltas dos humanos e velando-as assim aos olhares daquele que não pode<br />

tolerar o que é impuro. Compreendam todos a misericórdia infinita de nosso Pai e<br />

não esqueçam nunca de Lhe dizer, pelos pensamentos, mas, sobretudo, pelos atos:<br />

―Perdoai as nossas ofensas, como perdoamos aos que nos tem ofendido.‖<br />

Compreendam bem o valor destas sublimes palavras, nas quais não somente a letra é<br />

admirável, mas principalmente o ensino que ela veste.<br />

O que é o que pedem ao Senhor, quando imploram para si o Seu perdão?<br />

Será unicamente o esquecimento das próprias ofensas? Esquecimento que os<br />

deixaria no nada, pois, se Deus se limitasse a esquecer as faltas de vocês, Ele não<br />

puniria, é exato, mas tampouco recompensaria. A recompensa não pode constituir<br />

prêmio do bem que não foi feito, nem, ainda menos, do mal que se tenha praticado,<br />

embora esse mal fosse esquecido. Pedindo que Ele perdoe os seus desvios, o que lhe<br />

pedem é o favor de suas graças, para não recaírem neles, é a força de que necessitam<br />

para enveredar por outras sendas, as da submissão e do amor, nas quais poderão<br />

juntar ao arrependimento a reparação.<br />

Quando perdoarem aos seus irmãos, não se contentem em estender o véu do<br />

esquecimento sobre suas faltas, pois, as mais das vezes, muito transparente é esse

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