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L. NEILMORIS - Portal Luz Espírita

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43 – O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO<br />

espécie humana é uma coisa bem triste. Esse pensamento vem do acanhado ponto de<br />

vista em que se colocam os que emitem isso e que lhes dá uma falsa ideia do<br />

conjunto. Devemos considerar que a Humanidade toda não está na Terra, mas<br />

apenas uma pequena fração da Humanidade. Com efeito, a espécie humana abrange<br />

todos os seres dotados de razão que povoam os inúmeros planetas do Universo. Ora,<br />

o que é a população da Terra em comparação com a população total desses mundos?<br />

Muito menos que a de uma aldeia, em confronto com a de um grande império. A<br />

situação material e moral da Humanidade terrena não tem nada que espante, desde<br />

que se leve em conta a destinação da Terra e a natureza dos que a habitam.<br />

7. Quem julgasse os habitantes de uma grande cidade pela população dos seus<br />

quarteirões mais insignificantes e baixos, faria uma falsíssima ideia. Num hospital,<br />

ninguém vê senão doentes e estropiados; numa penitenciária, vemos reunidas todas<br />

as maldades, todos os vícios; nas regiões impuras, a maioria dos habitantes é pálida,<br />

franzina e enferma. Pois bem: imaginemos a Terra como um subúrbio, um hospital,<br />

uma penitenciária, um sítio malsão – e ela é tudo isso ao mesmo tempo – e<br />

compreenderemos por que as aflições superam aos gozos, pois não se mandam para<br />

o hospital os que se acham com saúde, nem para as casas de correção os que<br />

nenhum mal praticaram; nem os hospitais e as casas de correção se podem ter por<br />

lugares de prazer.<br />

Ora, assim como, numa cidade, a população não se encontra toda nos<br />

hospitais ou nas prisões, também na Terra não está a Humanidade inteira. E, do<br />

mesmo modo que do hospital saem os que se curaram e da prisão os que cumpriram<br />

suas penas, o homem deixa a Terra, quando está curado de suas enfermidades<br />

morais.<br />

INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS<br />

MUNDOS INFERIORES E MUNDOS SUPERIORES<br />

8. A qualificação de mundos inferiores e mundos superiores não tem nada de<br />

absoluto; é, antes, muito relativa. Tal mundo é inferior ou superior com referência<br />

aos que lhe estão acima ou abaixo, na escala progressiva.<br />

Tomando a Terra por comparação, podemos fazer ideia do estado de um<br />

mundo inferior, supondo os seus habitantes na condição das raças selvagens ou das<br />

nações bárbaras que ainda entre nós se encontram, restos do estado primitivo do<br />

nosso orbe. Nos mais atrasados, os seres que os habitam são de certo modo mais<br />

rudes. Revestem a forma humana, mas sem nenhuma beleza. Seus instintos não têm<br />

a abrandá-los qualquer sentimento de delicadeza ou de benevolência, nem as noções<br />

do justo e do injusto. Entre eles, a força bruta é a única lei. Carentes de indústrias e<br />

de invenções, passam a vida na conquista de alimentos. Entretanto, Deus não<br />

abandona nenhuma de suas criaturas; no fundo das trevas, permanece da inteligência<br />

latente a vaga intuição, mais ou menos desenvolvida, de um Ser supremo. Esse<br />

instinto basta para torná-los superiores uns aos outros e para lhes preparar a<br />

promoção a uma vida mais completa, pois eles não são seres degradados, mas

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