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L. NEILMORIS - Portal Luz Espírita

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72 – Allan Kardec<br />

uma felicidade do que uma infelicidade.<br />

Para julgarmos qualquer coisa, precisamos ver suas consequências. Assim,<br />

para bem apreciarmos o que, em realidade, é feliz ou inditoso para o homem,<br />

precisamos transportar-nos para além desta vida, porque é lá que as consequências<br />

se fazem sentir. Ora, tudo o que se chama infelicidade, segundo as acanhadas vistas<br />

humanas, cessa com a vida corporal e encontra a sua compensação na vida futura.<br />

Vou revelar a infelicidade sob uma nova forma, sob a forma bela e florida<br />

que acolhem e desejam com todas as verdades de suas almas iludidas. A infelicidade<br />

é a alegria, é o prazer, é o tumulto, é a vã agitação, é a satisfação louca da vaidade,<br />

que fazem calar a consciência, que afligem a ação do pensamento, que atordoam o<br />

homem com relação ao seu futuro. A infelicidade é o ópio do esquecimento que<br />

ardentemente procuram conseguir.<br />

Vocês que choram, esperem! Vocês que riem, tremam, pois o seu corpo<br />

está satisfeito! Ninguém engana a Deus; não se foge ao destino; e as provações,<br />

credoras mais impiedosas do que a matilha que a miséria desencadeia, o repouso<br />

ilusório os espionam para afundá-los de súbito na agonia da verdadeira infelicidade,<br />

daquela que surpreende a alma enfraquecida pela indiferença e pelo egoísmo.<br />

Então, que o Espiritismo os esclareça e recoloque para vocês, sob<br />

verdadeiros prismas, a verdade e o erro, tão incrivelmente deformados pela cegueira!<br />

Agirão então como bravos soldados que, longe de fugirem ao perigo, preferem as<br />

lutas dos combates arriscados à paz que lhes não pode dar glória, nem promoção! Na<br />

guerra, que importa ao soldado perder armas, bagagens e uniforme, desde que saia<br />

vencedor e com glória? Que importa ao que tem fé no futuro deixar no campo de<br />

batalha da vida a riqueza e o manto de carne, contanto que sua alma entre gloriosa<br />

no reino celeste?<br />

Delfina de Girardin (Paris, 1861)<br />

A MELANCOLIA<br />

25. Sabem por que, às vezes, uma vaga tristeza se apodera dos seus corações e os<br />

leva a considerar a vida amarga? É que, desejando a felicidade e a liberdade, seu<br />

Espírito se esgota unido ao corpo que lhe serve de prisão, em vãos esforços para sair<br />

dele. Reconhecendo inúteis esses esforços, cai no desânimo e, como o corpo lhe<br />

sofre a influência, vocês são tomados pela fadiga, o abatimento, uma espécie de<br />

apatia, e se julgam infelizes.<br />

Acreditem: resisti com energia a essas impressões que enfraquecem a<br />

vontade. São inatas no espírito de todos os homens as aspirações por uma vida<br />

melhor; mas, não as busquem neste mundo e, agora, quando Deus envia os Espíritos<br />

que lhe pertencem, para os instruírem acerca da felicidade que Ele reserva para<br />

vocês, aguardem pacientemente o anjo da libertação, para ajudá-los a romper as<br />

amarrações que os mantêm aprisionado ao Espírito. Lembrem-se de que, durante o<br />

exilo na Terra, vocês têm de desempenhar uma missão que não suspeitam, quer<br />

dedicando-se à família, quer cumprindo as diversas obrigações que Deus os confiou.<br />

Se, no curso dessa provação, livrando-se das suas obrigações, desabarem sobre<br />

vocês os cuidados, as inquietações e tribulações, sejam fortes e corajosos para

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