08.05.2013 Views

o ensino diferenciado na escola indígena “tengatuí ... - UCDB

o ensino diferenciado na escola indígena “tengatuí ... - UCDB

o ensino diferenciado na escola indígena “tengatuí ... - UCDB

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

investigativo proposto, já que exigiu o “desaprender” de várias concepções. Paralelamente a<br />

este desaprender, releva a complexidade do objeto do estudo em questão, para o qual, para a<br />

sua efetiva compreensão, busquei referencial em autores cujas teorizações considerei<br />

fundamentais para a discussão. Assim, acompanharam-me nesta trajetória: Barth, Bhabha,<br />

Lopes da Silva, Cunha, Tassi<strong>na</strong>ri, Nascimento, Brand, Gallois, entre outros autores, com os<br />

quais mergulhei nesse universo, tão complexo, quanto fasci<strong>na</strong>nte, conforme já me referi<br />

anteriormente.<br />

A descrição dessa trajetória é aqui apresentada em seus três momentos,<br />

reconhecendo não ser possível configurar o terceiro momento, como fi<strong>na</strong>l. Terceiro e último<br />

<strong>na</strong> organização do trabalho em questão, mas ape<strong>na</strong>s o início, no estudo, de um longo caminho<br />

a percorrer.<br />

O primeiro momento, descrito no Capítulo I, aborda a compreensão da cultura,<br />

entendida como “[...] o conjunto de símbolos compartilhado pelos integrantes de determi<strong>na</strong>do<br />

grupo social e que lhe permite atribuir sentido ao mundo em que vivem e às suas ações”<br />

(TASSINARI, 1998, p.448), a partir da qual busco compreender os valores e significados<br />

presentes em diferentes grupos e culturas, considerados os elementos constitutivos da<br />

identidade e da afirmação da diferença, particularmente, no que diz respeito aos povos<br />

indíge<strong>na</strong>s de Dourados – MS. Paralelamente a esse processo de compreensão, alinha-se o<br />

processo de inclusão/exclusão e, dentro deste, o lugar que ocupam os povos indíge<strong>na</strong>s,<br />

tomando como referência para o estudo o espaço <strong>escola</strong>r, espaço de conflitos e contradições e<br />

sobre o qual se voltam, <strong>na</strong> contemporaneidade, ações que prometem o reconhecimento e o<br />

respeito à diversidade e à diferença, o que me remeteu à diferenciação entre os conceitos<br />

Diferença Cultural x Diversidade Cultural, entendidos a partir do que postula Bhabha (1998).<br />

Na direção do que objetiva o estudo, o capítulo aponta, também, a compreensão<br />

da <strong>escola</strong> como um espaço de fronteiras, de produção/ desconstrução de diferenças culturais,<br />

manifestas por preconceitos e estereótipos, bem como da reivindicação dos povos guarani-<br />

kaiowá por uma <strong>escola</strong> diferenciada, considerada, ainda que de forma breve, a sua<br />

cosmologia, a sua vivência <strong>na</strong> <strong>escola</strong> ocidental, a partir de como se dá a constituição dos<br />

grupos étnicos, ancorada em Barth (2000), para, então, tentar compreender as relações<br />

interétnicas do indíge<strong>na</strong> da Reserva Indíge<strong>na</strong> de Dourados, bem como a sua relação com o<br />

espaço urbano.<br />

Delineado, paulati<strong>na</strong>mente, <strong>na</strong> trajetória do estudo, o trabalho traz no segundo<br />

capítulo considerações sobre o espaço <strong>escola</strong>r (ocidental) e a sua relação com a construção de<br />

27

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!