Copyfight: Pirataria & Cultura Livre - Monoskop
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1. Em português a<br />
tradução do termo<br />
commons ainda não<br />
está bem consolidada,<br />
existindo atualmente<br />
duas traduções mais utilizadas,<br />
comum ou bem<br />
comum/bens comuns. A<br />
tradução bens comuns<br />
pode remeter a uma<br />
questão patrimonial, ou<br />
seja, como se o comum<br />
fosse algo passível de<br />
posse ou propriedade o<br />
que diverge em vários<br />
sentidos com o conceito<br />
commons enquanto que<br />
a tradução os comuns<br />
no plural não parece<br />
se encaixar bem no<br />
português. Por isso<br />
algumas pessoas ainda<br />
preferem em utilizar a<br />
expressão commons ao<br />
invés de bens comuns<br />
ou simplesmente<br />
comum ou comuns.<br />
Nossa interpretação é<br />
que o termo commons<br />
poderia ser traduzido<br />
como comum contudo<br />
como ainda não há um<br />
consenso, optamos<br />
nesse texto em manter<br />
o termo commons.<br />
oS CommonS: 1<br />
uma eStrutura e um<br />
CaleIdoSCóPIo de PrátICaS<br />
SoCIaIS Por um outro<br />
mundo PoSSível<br />
Silke Helfrich<br />
Tradução e edição: Bruno Tarin<br />
Este texto é composto por duas partes, uma primeira que<br />
é um texto da Silke Helfrich feito para ser apresentado<br />
no Fórum Social Temático em Porto Alegre em 2012 e<br />
uma segunda parte que é uma entrevista realizada com<br />
Silke Helfrich por Bruno Tarin e Luiza Cilente. Optamos<br />
por publicar os dois conteúdos conjuntamente por<br />
entendermos que os dois se complementam e aprofundam<br />
mutuamente, são conteúdos que apontam para<br />
uma compreensão ampliada do conceito de commons<br />
buscando uma transversalidade entre as pautas de<br />
diferentes movimentos sociais, que as vezes parecem tão<br />
distantes, como os movimentos pela cultura e software<br />
livre e os movimentos ambientalistas.<br />
»O Estado e o mercado estão fortemente ligados um ao outro.«<br />
Ambos compartilham a mesma visão sobre o progresso tecnológico e<br />
a concorrência de mercado, uma visão liberal que tenta se apresentar<br />
como políticas democráticas e que se articulam em torno dos direitos<br />
e liberdades individuais. Ambos, Estado e mercado, estão comprometidos<br />
com um tipo de desenvolvimento e crescimento econômico<br />
que está destruindo o planeta e que tende a desmantelar os nossos<br />
meios de subsistência e a riqueza dos commons. Sendo, atualmente,<br />
Estado e mercado, essencialmente, uma mesma maneira de pensar<br />
o mundo, e os paradigmas conhecidos para abordar esta situação, já<br />
não funcionam em praticamente lugar algum. A busca por alternati-<br />
» o funk carioca e a liberdade «