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José Garcez Ghirardi - Escola de Direito de São Paulo - Fundação ...

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5. fazer da queda uM Passo <strong>de</strong> dança: reconstruindo caminhos<br />

implicações <strong>de</strong> todo o tipo: éticas, econômicas, políticas, sociais,<br />

psicológicas, etc. O modo como cada aluno olha para tais questões<br />

e as escolhas que faz são <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> individual, são opções<br />

<strong>de</strong> fundo que refletem o percurso e os valores <strong>de</strong> cada um. Cada<br />

aluno é protagonista <strong>de</strong> sua história cotidiana, tanto no âmbito pessoal<br />

como no profissional, e essa é uma das dimensões que os<br />

métodos participativos buscam incorporar.<br />

Ao mesmo tempo, <strong>de</strong>ixados à própria sorte, os alunos terão<br />

como limite para sua apreensão e teorização do real o repertório<br />

<strong>de</strong> estratégias cognitivas que conseguiram individualmente <strong>de</strong>senvolver.<br />

Esse repertório, o mais das vezes, é composto por aquelas<br />

matrizes fundamentais <strong>de</strong> pensamento que caracterizam e dão um<br />

grau <strong>de</strong> unida<strong>de</strong> aos grupos sociais. Entretanto, essas matrizes partilhadas,<br />

esse senso comum, são, amiú<strong>de</strong>, absolutamente incapazes<br />

<strong>de</strong> problematizar e enfrentar com profundida<strong>de</strong> e eficiência os<br />

<strong>de</strong>safios da vida concreta. É preciso, portanto, que o aluno seja<br />

auxiliado a ampliar e qualificar sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reflexão. Mas<br />

esta ampliação e qualificação não po<strong>de</strong>m se dar <strong>de</strong> fora para <strong>de</strong>ntro,<br />

isto é, não po<strong>de</strong>mos apren<strong>de</strong>r a pensar se outros pensam por<br />

nós. A proposta do protagonismo do aluno solicita, assim, que o<br />

professor adote estratégias específicas, que propiciem a cada aluno<br />

construir seu caminho <strong>de</strong> aprofundamento reflexivo.<br />

Exatamente por isso, o protagonismo do aluno não diminui a<br />

importância do professor – antes, pelo contrário –, embora, certamente,<br />

mu<strong>de</strong>-lhe o sentido. A noção tradicional do docente como<br />

<strong>de</strong>tentor <strong>de</strong> um saber substantivo e específico torna-se insuficiente<br />

quando a proposta é arquitetar estratégias que permitam ao outro<br />

construir conhecimento, e construí-lo <strong>de</strong> maneira autônoma. Para<br />

isso, é preciso que à tradicional <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> acadêmica anterior se<br />

some a sofisticação nos modos <strong>de</strong> articular uma proposta <strong>de</strong> ensino.<br />

48<br />

[sumário]

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