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José Garcez Ghirardi - Escola de Direito de São Paulo - Fundação ...

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o instante do encontro: questões fundamentais para o ensino jurídico<br />

avaliações individuais. Seu propósito é o <strong>de</strong> certificar que cada aluno<br />

individualmente é capaz <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r a<strong>de</strong>quadamente às <strong>de</strong>mandas do<br />

curso, portanto, não faz sentido <strong>de</strong>senhar uma avaliação em que as<br />

individualida<strong>de</strong>s se confun<strong>de</strong>m. Isso po<strong>de</strong>ria, no limite, tornar<br />

impossível a verificação, com segurança, da relação aluno-produto,<br />

fundamento da proposta certificatória <strong>de</strong> avaliação.<br />

A exceção mais costumeira a essa regra, ainda <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ssa primeira<br />

proposta, é o seminário. Essa forma <strong>de</strong> trabalho em grupo<br />

tem longa história em nossos cursos jurídicos. Mas o modo como<br />

ela é geralmente trabalhada reforça, mais do que <strong>de</strong>smente, esse<br />

olhar centrado no produto e na avaliação individual. Tipicamente,<br />

os docentes que abraçam o mo<strong>de</strong>lo certificatório não acompanham<br />

todas as etapas <strong>de</strong> preparação do seminário. Elas se dão, o mais<br />

das vezes, longe <strong>de</strong> seus olhos. Po<strong>de</strong> ser que este ou aquele professor<br />

oriente topicamente os alunos, mas, habitualmente, a<br />

dinâmica em si <strong>de</strong> construção do trabalho coletivo não recebe seu<br />

acompanhamento, sua crítica, nem sua avaliação. O mais das<br />

vezes, ele avaliará apenas o resultado do seminário, sua apresentação,<br />

e tratará o grupo como uma unida<strong>de</strong>, como um sujeito único<br />

que receberá uma única nota ou conceito.<br />

A perspectiva formativa da avaliação ten<strong>de</strong> a reservar mais<br />

espaço para trabalhos e avaliações em grupo, uma vez que incorpora<br />

como elemento importante <strong>de</strong> formação a habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

interagir produtivamente com os outros. À diferença do que ocorre<br />

no caso mais clássico do seminário, o docente <strong>de</strong>termina aqui que<br />

ao menos parte da tarefa <strong>de</strong> construção do projeto coletivo se dê<br />

no espaço <strong>de</strong> sala <strong>de</strong> aula ou, se em outro espaço, sob sua observação.<br />

Isso porque ele enten<strong>de</strong> que um elemento constitutivo do<br />

que se está avaliando é a própria dinâmica do trabalho coletivo e<br />

os modos e graus <strong>de</strong> contribuição <strong>de</strong> cada um para a construção<br />

71<br />

[sumário]

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