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José Garcez Ghirardi - Escola de Direito de São Paulo - Fundação ...

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o instante do encontro: questões fundamentais para o ensino jurídico<br />

Algo parecido acontece nas avaliações no contexto educacional.<br />

Conhecemos muito da proposta pedagógica, da perspectiva metodológica<br />

<strong>de</strong> um docente analisando a perspectiva que ele adota<br />

para avaliar, isto é, aquilo que ele inclui e exclui, o que valora e<br />

<strong>de</strong>spreza, o que premia e pune. E é exatamente por esse motivo<br />

que vale a pena refletirmos aqui sobre algumas das perspectivas e<br />

sobre alguns dos instrumentos, modalida<strong>de</strong>s e momentos mais frequentemente<br />

encontrados nas instituições <strong>de</strong> ensino.<br />

Comecemos pela perspectiva tradicional. Uma das maneiras mais<br />

comuns <strong>de</strong> se enten<strong>de</strong>r a avaliação é em sua dimensão certificatória.<br />

[18] Nesse olhar, a função da avaliação é, em primeiro lugar,<br />

verificar qual o grau <strong>de</strong> aprendizagem atingido pelos diferentes alunos<br />

para, <strong>de</strong>pois, certificar que alguns estão aptos a prosseguir, que alguns<br />

aten<strong>de</strong>ram satisfatoriamente aos requisitos do curso e outros não.<br />

Frequentemente, essa avaliação ocorre ao final do curso, não<br />

raro, em um único momento e examina antes um produto (nos<br />

cursos <strong>de</strong> <strong>Direito</strong>, tipicamente uma prova dissertativa) do que um<br />

processo. Frequentemente, também, ela se associa à noção <strong>de</strong><br />

saber objetivo que discutimos anteriormente, e o faz <strong>de</strong> tal forma<br />

que é capaz <strong>de</strong>, como sugerimos, mensurar com gran<strong>de</strong> precisão<br />

o nível <strong>de</strong> atendimento individual as <strong>de</strong>mandas do curso: 50%,<br />

75%, 63%. Ela também consi<strong>de</strong>ra <strong>de</strong>snecessário fornecer um<br />

retorno avaliativo periódico aos discentes, uma vez que se enten<strong>de</strong><br />

que a responsabilida<strong>de</strong> primordial por monitorar o processo <strong>de</strong><br />

aprendizagem é <strong>de</strong>les, não do professor. A esse cabe ir apresentando<br />

paulatinamente os elementos que permitirão aos alunos<br />

formularem um produto final satisfatório. A mensuração do grau<br />

<strong>de</strong> evolução do aprendizado não é <strong>de</strong> seu encargo ou, ao menos,<br />

não o suficiente para traduzir-se em momentos formais <strong>de</strong> avaliação<br />

e reflexão.<br />

67<br />

[sumário]

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