dinˆamica dissipativa da transic¸˜ao de desconfinamento - UFRJ
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CAPÍTULO 2. A TRANSIÇÃO DE DESCONFINAMENTO 10<br />
gauge, é necessária a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong>za que recebe o nome <strong>de</strong> comparador, que<br />
estará relaciona<strong>da</strong> à linha <strong>de</strong> Wilson já menciona<strong>da</strong> anteriormente.<br />
Comecemos, então, com um exemplo simples. Consi<strong>de</strong>remos a Lagrangeana <strong>de</strong> um campo<br />
<strong>de</strong> Dirac livre:<br />
Esta Lagrangeana é invariante sob transformações do tipo:<br />
L = ¯ ψ(iγ µ ∂µ − m)ψ. (2.1)<br />
ψ(x) → e iα ψ(x). (2.2)<br />
Esta transformação representa uma rotação <strong>de</strong> um ângulo α fixo, ou seja, uma fase. Como<br />
todos os pontos do sistema obe<strong>de</strong>cem à mesma lei <strong>de</strong> transformação, temos aqui uma trans-<br />
formação global. Generalizando agora: se, ao invés <strong>de</strong> ser um ângulo fixo, α for uma função<br />
<strong>de</strong> x, ficamos com a seguinte transformação:<br />
ψ(x) → e iα(x) ψ(x), (2.3)<br />
e a Lagrangeana não é mais invariante. O termo <strong>de</strong> massa continua sendo invariante, en-<br />
tretanto passamos a ter problemas em como <strong>de</strong>finir a maneira com que o termo contendo a<br />
<strong>de</strong>riva<strong>da</strong> se transforma. Partindo <strong>da</strong> <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> <strong>de</strong>riva<strong>da</strong> <strong>de</strong> ψ(x) na direção do vetor n µ ,<br />
temos:<br />
n µ 1<br />
∂µψ = lim<br />
ɛ→0<br />
[ψ(x + ɛn) − ψ(x)] . (2.4)<br />
ɛ<br />
Em uma teoria invariante local, ψ(x + ɛn) e ψ(x) transformam-se <strong>de</strong> maneira diferente e<br />
torna-se impossível <strong>de</strong>finir uma lei <strong>de</strong> transformação. Para po<strong>de</strong>rmos realizar a subtração<br />
presente na <strong>de</strong>finição acima, precisamos introduzir um fator que compense esta diferença <strong>de</strong><br />
comportamento entre um ponto e seu vizinho. A maneira mais simples é <strong>de</strong>finir uma quan-<br />
ti<strong>da</strong><strong>de</strong> escalar U(y, x) que <strong>de</strong>pen<strong>da</strong> dos dois pontos e tenha a seguinte lei <strong>de</strong> transformação:<br />
U(y, x) → e iα(y) U(y, x)e −iα(x) . (2.5)<br />
Requeremos, ain<strong>da</strong>, que quando a separação entre os pontos for zero tenhamos U(y, y) = 1.<br />
Em geral, po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar o fator U(y, x) como uma fase pura, U(y, x) = exp[iφ(y, x)].