13.06.2013 Views

2013 1º Vol Morfologia e função Fasc I.pdf - Biblioteca Digital do IPB ...

2013 1º Vol Morfologia e função Fasc I.pdf - Biblioteca Digital do IPB ...

2013 1º Vol Morfologia e função Fasc I.pdf - Biblioteca Digital do IPB ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

26 Escola Superior Agrária de Bragança -­‐ Botânica para Ciências Agrárias e <strong>do</strong> Ambiente<br />

<strong>do</strong> xilema secundário são extensas e geralmente apenas interrompidas por pontuações areoladas. Os diâmetro <strong>do</strong>s<br />

elementos traqueais é maior no metaxilema e no xilema secundário <strong>do</strong> que no protoxilema (Figura 7).<br />

Floema<br />

Na constituição <strong>do</strong> floema das angiospérmicas sobressaem <strong>do</strong>is tipos celulares: os elementos crivosos e as células<br />

companheiras. Acompanham-­‐nos frequentemente parênquima de reserva, fibras liberianas, escleritos e vasos<br />

lacticíferos. Ao invés <strong>do</strong>s elementos de vaso xilémico e <strong>do</strong>s traqueí<strong>do</strong>s, as células especializadas no transporte <strong>do</strong><br />

flui<strong>do</strong> floémico – os elementos crivosos (ing. sieve elements) – são vivas. Os elementos crivosos maduros não têm<br />

núcleo, ribossomas, nem vacúolo, e o seu citoplasma confunde-­‐se com o flui<strong>do</strong> floémico. Conectam-­‐se pelo topo e<br />

dispõem-­‐se em fiadas axiais, designadas por tubos crivosos (ing. sieve tube). No interior <strong>do</strong>s elementos crivosos<br />

abunda a calose, um outro polímero de β glucose, como a celulose. Esta substância acumula-­‐se rapidamente nos<br />

tubos crivosos feri<strong>do</strong>s por acidentes ou por insectos impedi<strong>do</strong> a perda para o exterior de flui<strong>do</strong> floémico. As células<br />

companheiras (ing. companion cells), de natureza parenquimatosa, rodeiam os elementos crivosos, estan<strong>do</strong><br />

envolvidas na fisiologia <strong>do</strong> carregamento <strong>do</strong> flui<strong>do</strong> floémico com os produtos da fotossíntese. Tanto os elementos<br />

crivosos como as células companheiras não possuem parede celular secundária. O flui<strong>do</strong> floémico é transferi<strong>do</strong> entre<br />

os elementos traqueais floémicos pelas áreas crivosas (ing. sieve areas), i.e. por campos de poros sitos na parede<br />

celular, percorri<strong>do</strong>s por cordões microscópicos de protoplasma (de maior dimensão que os <strong>do</strong>s plasmodesmos), que<br />

conectam os elementos traqueais floémicos axialmente ou lateralmente contíguos. Na maioria das angiospérmicas<br />

as áreas crivosas estão concentradas nas extremidades <strong>do</strong>s elementos crivosos, constituin<strong>do</strong> placas crivosas (ing.<br />

sieve plates).<br />

Nas gimnospérmicas e em algumas angiospérmicas menos evoluídas, as áreas crivosas estão distribuídas por toda<br />

a parede celular. As células deste tipo, menos evoluídas que os elementos crivosos, tomam o nome de células<br />

crivosas (ing. sieve cells). Nas gimnospérmicas ocorrem células anatómica e fisiologicamente associadas às células<br />

crivosas, análogas às células companheiras das angiospérmicas, denominadas por células albuminosas (ing.<br />

albuminous cells).<br />

3. Organização <strong>do</strong> corpo das plantas-­‐com-­‐semente<br />

As raízes e os caules exibem a nível anatómico uma simetria radial (vd. Simetria) e, a maioria, tem um<br />

crescimento indetermina<strong>do</strong>. As folhas, pelo contrário, são, salvo raríssimas exceções 25 , determinadas e de simetria<br />

bilateral (vd. Simetria). Nos órgãos de crescimento determina<strong>do</strong>, como sejam as folhas e alguns tipos de caules (e.g.<br />

esporões), o crescimento e a diferenciação estão sujeitos a um estreito controlo genético, pouco sensível a factores<br />

ambientais. As folhas representam um caso extremo de determinação porque, concluída a sua diferenciação,<br />

mantêm a mesma forma e estrutura interna até à senescência (= morte).<br />

As folhas inserem-­‐se, num padrão regular, obliquamente nos nós (= verticilos caulinares). A porção de caule entre<br />

<strong>do</strong>is nós sucessivos chama-­‐se entrenó. Nas Ephedraceae «éfedras» e nas Casuarinaceae «casuarinas» os entrenós<br />

destacam-­‐se com facilidade, são articula<strong>do</strong>s. Na axila de cada folha encontra-­‐se, geralmente, pelo menos uma gema,<br />

i.e. um aglomera<strong>do</strong> de células indiferenciadas com capacidade meristemática (= capacidade de divisão celular),<br />

envolvi<strong>do</strong> por esboços de folhas, por vezes, com um revestimento externo de folhas de proteção escamiformes<br />

(catáfilos, vd. Tipos de filomas). Na extremidade distal <strong>do</strong>s ramos (vd. Quadro 5) situa-­‐se uma gema apical, e no seu<br />

interior um meristema apical caulinar. As gemas axilares, e os meristemas axilares caulinares, localizam-­‐se, como se<br />

depreende <strong>do</strong> termo, na axila das folhas. A queda das folhas deixa uma cicatriz foliar no nó, cuja forma tem valor<br />

diagnóstico em algumas famílias de plantas-­‐com-­‐flor (e.g. Moraceae).<br />

25 Estão descritas algumas excepções. As folhas têm crescimento indetermina<strong>do</strong>, por exemplo, na Welwitschia mirabilis<br />

(Welwitschiaceae, Gnetidae) e vários membros da família das Gesneriaceae (Magnoliidae).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!