Mestrado em Direito O ESTATUTO JURÍDICO DO EMBRIÃO ...
Mestrado em Direito O ESTATUTO JURÍDICO DO EMBRIÃO ...
Mestrado em Direito O ESTATUTO JURÍDICO DO EMBRIÃO ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
50<br />
de Madrid, Botella Llusiá, refiriéndose al <strong>em</strong>brión recién<br />
fecundado, escribe: "hay una cosa que como biólogo u<br />
objetivamente, por mi propio conocimiento, sí que puedo<br />
afirmar: ...desde el momento mismo de la fusión de los<br />
gametos es ya una vida humana. No sólo pod<strong>em</strong>os ver bajo el<br />
microscopio (...) unirse el espermio con el ovocito, sino que<br />
hoy día conoc<strong>em</strong>os el genoma de cada uno de ellos y sab<strong>em</strong>os<br />
que, fundiendo sus moléculas de DNA, dan lugar a un nuevo<br />
ser, el <strong>em</strong>brión, cuyo genoma a su vez es propio, y diferente del<br />
padre y de la madre. Allí ha nacido, hoy ya la h<strong>em</strong>os visto<br />
nacer bajo nuestra vista, una nueva vida. (...) Y esta certeza<br />
biológica –que no antropológica, ni teológica- me permite a mí,<br />
y a los que me quieran seguir, condenar el aborto en cualquier<br />
momento que tenga lugar y sin limitación de ti<strong>em</strong>po. Y ad<strong>em</strong>ás<br />
es un argumento que sirve lo mismo a creyentes que a<br />
agnósticos". La razón científica desmiente, pues, el subterfugio<br />
del "pre-<strong>em</strong>brión 116 ".<br />
Ainda, t<strong>em</strong>os como argumentos do signo “pré-<strong>em</strong>brião”, o fato de a morte poder ser<br />
estabelecida com o fim das atividades cerebrais, quando há a possibilidade de a morte ser<br />
decretada quando o coração ainda bate, a chamada “morte encefálica”; por isso, alguns<br />
autores como Luís Roberto Barroso 117 partilham da opinião de que a vida t<strong>em</strong> o seu início<br />
marcado pela formação ou pelo início da formação do sist<strong>em</strong>a nervoso central, já que a morte<br />
é decretada com o fim de suas atividades, apontando ainda a possibilidade de se autorizar o<br />
procedimento de transplante de órgãos 118 após o diagnóstico da morte encefálica como<br />
justificativa para este entendimento.<br />
Ora, tal afirmação não se confunde com o início da vida, visto que o seu início não<br />
t<strong>em</strong> necessária ligação com o seu fim, já que a morte encefálica é utilizada como critério para<br />
a definição da morte na Lei 9.434/97, que regula o transplante de órgãos, sendo a mesma<br />
comumente constatada pela cessação da atividade cerebral, <strong>em</strong>bora a pulmonar e a<br />
cardiovascular se mantenham por processos artificiais 119 .<br />
A noção comum de morte, contudo, é determinada pela ocorrência de parada cardíaca<br />
prolongada e a ausência da respiração, ou seja, a cessação total e permanente das funções<br />
vitais, sendo a morte encefálica critério para a definição de morte nos casos de transplante de<br />
órgãos.<br />
116 MORATALLA, Nathalia López e GARCÍA-PRIETO, José Antonio. Clonación humana: ¿un progreso sin<br />
ética?.in: http://www.conocereisdeverdad.org/website/index.php?id=3779. Acesso <strong>em</strong>: 22/04/2008.<br />
117 SARMENTO, Daniel e PIOVESAN, Flávia (coordenadores). Nos Limites da Vida: Aborto, Clonag<strong>em</strong><br />
Humana e Eutanásia sob a perspectiva dos <strong>Direito</strong>s Humanos. Ed. Lumen Júris: Rio de Janeiro, 2007, p.254.<br />
118 Lei nº 9.434/97, art.3º “A retirada post mort<strong>em</strong> de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinados a<br />
transplante ou tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, constatada e registrada por<br />
dois médicos não participantes das equipes de r<strong>em</strong>oção e transplante, mediante a utilização de critérios clínicos e<br />
tecnológicos definidos por Resolução do Conselho Federal de Medicina”.<br />
119 DINIZ, Maria Helena.O Estado Atual do Biodireito. Editora Saraiva, 2007, p.294-295.