Arte, Artistas e Arteiros - MultiRio
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Como o dia e a noite, somos envolvidos por sentimentos<br />
opostos, contrastantes. Aprender a lidar<br />
com eles nos faz inventar ideias que movem<br />
nossos pensamentos sobre o sentido da vida.<br />
Fazer parte desse mundo mágico movimenta<br />
nossas dúvidas e certezas, nossas verdades<br />
e mentiras, nossos sonhos e realidades.<br />
Quanto mais fecho os olhos,<br />
melhor vejo...<br />
Meu dia é noite quando estás ausente...<br />
E à noite vejo o Sol<br />
se estás presente.<br />
William Shakespeare<br />
Desde sempre, a Lua e o Sol iluminam não<br />
só os caminhos do ser humano, mas também<br />
sua poesia e sua arte.<br />
Os gregos consideravam a luz como símbolo<br />
do conhecimento e as trevas como símbolo<br />
do desconhecido, do medo.<br />
Na Idade Média, os vitrais surgem como um<br />
grito de luz, colorindo o interior sombrio das<br />
catedrais. Os vitrais contam histórias luminosas<br />
aos fiéis, inaugurando um novo domínio<br />
da luz.<br />
4 . Rosácea da Catedral de Notre Dame de Paris (séc. XIII).<br />
A luz, historicamente, personifica tudo o que<br />
é bom, porque nos permite enxergar cores,<br />
linhas e formas. A escuridão nos traz medo<br />
e insegurança, mas abre brechas à imaginação,<br />
pois tentamos ver, com a mente, aquilo<br />
que os olhos não conseguem distinguir.<br />
No teatro, no cinema e nas artes visuais, a<br />
luz é usada como um recurso expressivo. A<br />
distribuição intencional de luzes e sombras<br />
pode, por exemplo, dar profundidade e dramaticidade<br />
às cenas.<br />
Quando há luz, há sombra. A sombra participa<br />
da cor do objeto, de acordo com a menor ou<br />
maior distância e luminosidade dele. Esse contraste<br />
entre luz e sombra é chamado de efeito<br />
claro/escuro. Em desenhos e pinturas, a técnica<br />
é utilizada também para dar noção de volume.<br />
VITRAIS<br />
Conjunto figurativo ou decorativo formado por pequenos pedaços de vidro de várias cores unidos por liga de<br />
chumbo. Através de vitrais coloridos, a luz penetra o interior de grandes igrejas medievais, como a Catedral de<br />
Chartres (1194) e a Sainte-Chapelle de Paris (1241). Os imensos espaços iluminados criados por novas técnicas<br />
construtivas buscam aproximar os fiéis de forma quase palpável do pensamento da época, que vinculava a luz ao<br />
próprio conceito de Deus.<br />
COR<br />
A cor somente pode existir por causa de três elementos: a luz, o objeto e o espectador. Em 1666, o físico Isaac Newton<br />
descobre que a luz branca de um raio de sol, ao passar por um prisma de cristal, se decompõe em uma série de cores<br />
com comprimentos de onda diferentes. Tal como em um arco-íris, violeta, anil, azul, verde, amarelo, laranja e vermelho<br />
formam o espectro visível.<br />
5 . Página à esquerda: Vitral da Catedral d’Évreux (França).<br />
A Terra gira, o tempo passa<br />
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