Arte, Artistas e Arteiros - MultiRio
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Tecendo e participando da festa<br />
164<br />
Bandeiras, mastros, fantasias e máscaras<br />
são elementos presentes na maioria das<br />
nossas festas populares. Eles têm origem<br />
no medievo europeu e foram incorporados<br />
à nossa tradição desde o período barroco.<br />
A Festa do Divino também possui em sua<br />
bandeira um símbolo de identificação e agregação<br />
da comunidade: uma pomba branca<br />
sobre raios solares, destacando-se do fundo<br />
vermelho da bandeira.<br />
No alto de seu mastro, outra pomba talhada<br />
em madeira, rodeada de fitas coloridas, parece<br />
levantar voo. Essa é a principal, mas não é<br />
a única bandeira a estar presente na Festa do<br />
Divino. Muitas outras, representando diferentes<br />
localidades, participam do cortejo, levando<br />
intenções e desejos dos fiéis seguidores.<br />
220 . Bandeira de Folia de Reis.<br />
Como a Folia de Reis, a Festa do Divino também<br />
apresenta aspectos religiosos e profanos<br />
e tem origem portuguesa. Nas comemorações<br />
do Divino, um dos pontos altos é a solenidade<br />
na igreja, durante a missa de Pentecostes,<br />
na qual um jovem da comunidade é coroado<br />
Imperador do Divino.<br />
221 . Bandeira da Festa do Divino.<br />
222 . Coroação do Imperador.<br />
Do lado de fora, grupos de danças folclóricas,<br />
como as congadas, os catiras e os moçambiques,<br />
festejam a coroação.<br />
As festas populares brasileiras apresentam<br />
várias linguagens da arte com uma estética<br />
própria das comunidades onde se desenvolvem.<br />
A dança, a música, o canto, a poesia,<br />
a indumentária, as alegorias compõem<br />
um espetáculo teatral que reúne as tradições<br />
culturais com contribuições estéticas<br />
das novas gerações.<br />
FESTA DO DIVINO<br />
Acontece sete semanas depois do Domingo de Páscoa, no dia de Pentecostes, para comemorar a descida do Espírito<br />
Santo sobre os 12 apóstolos. São festejos tradicionais populares, com registro no Brasil desde o século XVII, que<br />
mesclam manifestações profanas e religiosas, como cavalhadas (batalhas entre mouros e cristãos) e representações<br />
teatrais, ao lado de novenas, missas e procissões.<br />
223 . Página à direita: 62º Encontro Nacional de Folia de Reis em Muqui, Espírito Santo.