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Arte, Artistas e Arteiros - MultiRio

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No giro da Terra, preservar, mudar, transformar<br />

54<br />

62 . Tim Noble e Sue Webster.<br />

A Fenda, 2004.<br />

Os artistas britânicos<br />

tim Noble e Sue<br />

Webster recolhem todo<br />

tipo de sucata para<br />

criar suas “esculturas<br />

de sombra”, utilizando<br />

o recurso teatral da<br />

luz, que, direcionada<br />

ao amontoado de lixo,<br />

nos faz perceber o sentido<br />

figurativo da obra<br />

na sombra projetada.<br />

O artista, como agente transformador, em<br />

sintonia com seu tempo, percebe a necessidade<br />

de incorporar elementos da realidade a<br />

sua volta, inclusive a sucata.<br />

Porque a sucata,<br />

na verdade<br />

seja o que for<br />

que tenha sido<br />

é um mero estado transitório<br />

do material em disponibilidade.<br />

Não tem nada de trágico.<br />

A sucata é o material em férias... (...)<br />

Porque a sucata quanto mais sucata<br />

Mais pode vir a ser UMA OUTRA COISA!<br />

História do Futuro / Mario Quintana<br />

Francis Alÿs realiza, desde a década de 1980,<br />

uma obra de “passeios”, registrados por fotos,<br />

vídeos e objetos coletados.<br />

63 . Francis Alÿs. Sapatos Magnéticos, 1994.<br />

Na obra Sapatos Magnéticos, o artista concebeu<br />

um par de sapatos magnéticos incomuns. Com<br />

eles, percorre as ruas e colhe com seus pés uma<br />

série de objetos metálicos que passam despercebidos<br />

aos habitantes. Andando pela cidade, ele<br />

coleta, seleciona, combina, imanta o “lixo” do<br />

ambiente, fazendo-nos ver os vestígios econômicos<br />

e culturais da civilização contemporânea.<br />

A observação atenta do espaço cotidiano pode<br />

ser fonte de inovação, de transformação dele.<br />

O reaproveitamento artístico de materiais<br />

sempre fez parte da cultura de muitos povos.<br />

O trabalho com sobras de tecidos (patchwork)<br />

é tradicional em pequenas cidades dos Estados<br />

Unidos, da Europa e do Brasil. Consiste<br />

na reunião de retalhos, das mais diferentes<br />

cores e estampas, que resulta em colchas, almofadas,<br />

roupas e enfeites decorativos.<br />

TIM NOBLE E SUE WEBSTER<br />

(Stroud, 1966 – Leicester, 1967)<br />

Dupla de artistas britânicos que entra na cena artística londrina em meados dos anos 1990. Entre seus trabalhos mais<br />

conhecidos, estão as séries de sombras em que coisas banais, inclusive lixo e animais empalhados, são agrupadas e então<br />

iluminadas a partir de certo ângulo, de modo a projetar sombras que exibem grande semelhança com algo identificável.<br />

Essas peças transformam detritos da sociedade em algo interessante, desafiando noções convencionais de beleza.<br />

FRANCIS ALŸS<br />

(Antuérpia, 1959)<br />

Artista visual belga, Alÿs explora questões urbanas, de áreas de conflito ou os benefícios e prejuízos do progresso<br />

por meio de vídeos, performances, objetos, mapas, desenhos, pintura e fotografia. Fundamentais em sua arte são as<br />

caminhadas, como a que ele fez em Havana (1994): ele percorreu a cidade com sapatos magnetizados que coletavam<br />

pequenos objetos, restos, os indícios do ambiente econômico, social e cultural da cidade.<br />

64 . Página à direita: Tim Noble e Sue Webster. Vida Selvagem Britânica, 2000.

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